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‘Mais que Amigos’: o amor gay ganha novo (e arejado) enfoque nas telas

Filme mostra a atração entre pessoas do mesmo sexo como ela é — com muito humor

Por Marcelo Canquerino 8 out 2022, 08h00

Encontros com homens no aplicativo Grindr são rotina para Bobby Leiber (Billy Eichner). Travado e sem muita conversa, o solteirão na casa dos 40 anos não enxerga perspectiva para além desse tipo de interação fortuita quando o assunto são relacionamentos. Nessa rede à la Tinder, a regra é clara: mensagens curtas e grossas às vezes são menos importantes do que o “menu” de fotos sensuais. Só que nem isso é garantia de êxito: em uma ocasião, Bobby faz das tripas coração para mandar uma imagem quente ao paquera — e acaba bloqueado. A certa altura, porém, as experiências erráticas do protagonista do filme Mais que Amigos (Bros, Estados Unidos, 2022), já em cartaz no país, dão lugar a uma típica comédia romântica. Bobby conhece o bombadão Aaron (Luke Macfarlane) em uma balada, acha que não faz o tipo do rapaz, mas os dois vão de uma amizade improvável ao romance — mostrando que casais gays também podem experimentar, sim, paixões temperadas com riso e felicidade.

Um milhão de finais felizes

O trunfo que torna Mais que Amigos saboroso é a opção por não encaixar um casal gay dentro das convenções de uma relação hétero. Em vez disso, o filme se propõe a traduzir a complexidade do meio que retrata: expõe como até mesmo a própria comunidade LGBTQIA+ é heterogênea, com cada letra da sigla possuindo suas idiossincrasias. Bobby, além de contar as peripécias de sua vida em um pod­cast, foi escolhido como curador do primeiro museu da diversidade sexual de Nova York, e o que não faltam são papos hilários com os amigos sobre as exposições no local — como os mistérios que envolvem a sexualidade de Abraham Lincoln.

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AZARAÇÃO - Uncoupled: trama gay à la Sex and the City -
AZARAÇÃO - Uncoupled: trama gay à la Sex and the City – (./Netflix)

Os Dois Morrem No Final

Na mesma toada, produções recentes estão investindo em uma nova abordagem desse universo. Já houve época em que filmes e séries enfatizavam o drama da aids ou, mais recentemente, exibiam uma visão francamente família (e careta) do casamento homossexual. Agora, surge uma safra de histórias mais arejadas e realistas, que mostram o amor gay como ele é — com direito à alegria e a finais felizes. No filme Fire Island: Orgulho & Sedução, disponível no Star+, a história clássica de Jane Austen ganha uma versão dos dias atuais, com dois protagonistas de ascendência asiática que vão com os amigos para um ilha, topam com novos amores — e alguns clichês no caminho. Já Uncoupled, série da Netflix estrelada por Neil Patrick Harris, é uma espécie de Sex and the City gay: após tomar um fora do marido, um homem quarentão precisa reaprender a ser solteiro após dezessete anos fora do jogo.

Tipo uma história de amor

Ao se somar à lista, Mais que Amigos prova que o humor é o ativo mais valioso dessas produções. Dotado de personalidade ácida, Bobby encara situações comuns na comunidade com sarcasmo e visão crítica. Em um primeiro momento, a relação com o másculo advogado Aaron é marcada por um velho embate existencial gay. Mesmo sendo encorajado a se reprimir desde pequeno, ele nunca aceitou “ficar no armário”, enquanto Aaron, por medo da homofobia, sempre preferiu se esconder sob o manto da discrição. Ao menos nas telas, o dilema da aceitação parece superado.

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Publicado em VEJA de 12 de outubro de 2022, edição nº 2810

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Um milhão de finais felizes
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Os Dois Morrem No Final
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Tipo uma história de amor
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