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Por Raquel Carneiro
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Diretores de ‘Wish’ falam como nasceu filme que celebra 100 anos da Disney

Em cartaz no país, animação se vale das mentes criativas por trás de 'Frozen' para marcar a efeméride da gigante do entretenimento

Por Gabriela Caputo Atualizado em 5 jan 2024, 17h32 - Publicado em 5 jan 2024, 17h29

Wish: o Poder dos Desejos, nova animação da Disney (em cartaz no país), é ambientada no reino de Rosas, onde se vive tranquilamente sem ter de carregar um precioso, mas árduo fardo: o sonho. Ao chegar à maioridade, os cidadãos confiam ao rei Magnífico a tutela sobre seu desejo mais estimado, que esquecem em seguida. O soberano, por sua vez, garante proteger esses ideais e, quem sabe, um dia realizá-los. O discurso populista, no entanto, acaba sendo desmascarado como uma falcatrua pela jovem Asha, protagonista da trama. Ela descobre que a maioria deles jamais será tornado realidade pelo rei, que só elege os sonhos considerados inofensivos por ele.

O longa celebra o aniversário de 100 anos da Disney, comemorado em novembro do ano passado. Para homenagear o passado do estúdio de animação, mas também antecipar o que vem pela frente, a produção mescla elementos visuais e narrativos dos primórdios de sua história a inovações técnicas e a valorização da diversidade, que virou sua marca nos últimos anos. Wish conta com roteiro de Jennifer Lee, a mente brilhante por trás da franquia Frozen, e tem direção do americano Chris Buck (que faz dupla com Jennifer na história congelante) e da tailandesa Fawn Veerasunthorn (que trabalhou em Raya e o Último Dragão). Em entrevista a VEJA, os diretores contaram sobre o processo de criação do novo filme e avalariam a evolução da representatividade no estúdio. Confira: 

Wish é um filme sobre sonhos e os desafios enfrentados para alcançá-los. Em uma sociedade que busca amortecer as dores com as redes sociais e todo o tipo de estímulos frenéticos, qual a importância de falar sobre isso com o público jovem?
Fawn Veerasunthorn: Há um longo caminho entre fazer seu desejo para uma estrela e ter seu sonho realizado, como mostra Asha. E, falando por experiência própria, quando você olha para sua meta e ela parece impossível e inatingível, isso causa desânimo. Em um mundo onde há muita coisa acontecendo, queríamos enfocar nessa jornada e ressaltar para o público moderno a ideia de dar um passo de cada vez. Que o caminho até a realização de um sonho pode ser divertido e gratificante, e que sua vida fica mais rica por causa de cada decisão que você toma.
Chris Buck: Outra coisa que adoraríamos que as pessoas tirassem do filme é o fato de Asha, ao fazer seu desejo para uma estrela, cantar em voz alta. Eu sempre quis trabalhar na Disney, e contava isso para todo mundo. Todos ao meu redor sabiam, então tive muita ajuda ao longo do caminho. Acho que, às vezes, se você disser seu sonho em voz alta, e outros ouvirem você, poderão te dar suporte. Não precisa ser tudo um fardo seu.

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O que a protagonista, Asha, traz para o hall das heroínas femininas que marcaram os últimos anos do estúdio?
Chris: Adoramos trabalhar com a atriz Ariana DeBose, que faz a voz da Asha e nos ajudou a criar essa personagem única, forte. Ela é obstinada, muito inteligente e engraçada, carrega suas próprias peculiaridades. Ariana é muito espirituosa, e nós realmente aproveitamos disso. Na verdade, tentamos criar uma personalidade única para cada um dos personagens, e os dubladores originais nos ajudaram muito nessa tarefa. 

O rei Magnífico é um clássico vilão da Disney. Como foi a criação do personagem?
Fawn: Era um objetivo desde o início que não iríamos escondê-lo. Não é um vilão de reviravolta, mas sim um vilão tradicional, que está na cara – e nós dois esperávamos fazer isso há anos. Mergulhamos em sua história de origem, para explicar seu ponto de vista sobre o poder de um desejo. Isso corresponde à perspectiva de Asha, no começo. Então, por um momento, eles se alinham filosoficamente. Até que eles rompem. Ali estão duas pessoas que poderiam estar em uma mesma jornada, mas suas escolhas os colocam em extremos opostos, tornando muito difícil para Asha ficar contra o rei, o que torna a história interessante.

Fawn, você cresceu na Tailândia numa época em que não havia tanta diversidade nas animações da Disney. Muitas crianças ao redor do mundo dificilmente se identificavam com alguns dos protagonistas daquele período. Como avalia a evolução da representatividade no estúdio?
Fawn: Estou na Disney há 12 anos e acho que isso é um reflexo das pessoas que trabalham no estúdio, de como todos somos diversos e cada um de nós traz nosso ponto de vista para o storytelling. É uma progressão natural em direção à necessidade de ver histórias de todo o mundo feitas por pessoas de todo o mundo.

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Wish tem um estilo visual único. Como formularam seu conceito e o que ele representa em termos de evolução criativa?
Chris: Surgiu da visão que tínhamos para o filme como um todo: abraçar nosso legado e também as inovações que fizemos ao longo da história do estúdio. Então, olhamos para Branca de Neve e Pinóquio em busca daquela aparência de um livro de histórias ilustrado em aquarela, e também para o CGI, e pensamos em como abraçar as duas coisas e conectá-las. Nossos técnicos e artistas fizeram um trabalho fantástico ao criar uma ambientação de frescor, partindo do livro e se movimentando pela narrativa de uma maneira que não conseguíamos fazer nos primórdios da animação – e então modelando o visual dos personagens para que se encaixassem ali também. Estamos entusiasmados com o resultado. Na tela grande, você sente como se estivesse assistindo a uma espécie de pintura em movimento.

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