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Como Chris Hemsworth foi de galã musculoso a talento exótico em ‘Furiosa’

No filme da saga 'Mad Max', ator vive seu personagem menos vaidoso até então — marcado pelo sotaque forte, violência brutal e timing cômico sob medida

Por Thiago Gelli 30 Maio 2024, 12h06
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  • Um dos mais populares atores bombadinhos de Hollywood, Chris Hemsworth se tornou conhecido mundialmente na pele de Thor, galã do Universo Cinematográfico Marvel capaz de carregar um martelo superpoderoso e invocar o poder dos trovões, mistura da mitologia nórdica com a ficção científica da franquia. Longe das raízes europeias de seu personagem, contudo, o ator australiano, aos 40 anos, vem superando o estereótipo que o consagrou, apostando em papéis que lhe permitem esbanjar timing cômico e mergulhar na excentricidade.

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    Em Furiosa: Uma Saga Mad Max, em cartaz nos cinemas, por exemplo, ele é Dementus, um motoqueiro megalomaníaco de sotaque pesado que sequestra a protagonista ainda na infância e comanda um bando insano determinado a usurpar o império apocalíptico de Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne). Por boa parte das mais de duas horas do longa, o ator dispensa a vaidade e se entrega à violência característica do diretor George Miller, dando vida à figura sádica e cômica que é responsável pela maioria dos diálogos do filme. Frente a uma protagonista lacônica, o maníaco não para de falar e gritar, mas tampouco se torna uma caricatura unidimensional ou exaustiva. Hemsworth, assim, rouba a cena.

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    A mudança pode ser surpreendente para quem o conhece apenas sob o manto vermelho do super-herói, mas não para quem acompanha sua carreira mais atentamente. No próprio Universo Marvel, o ator pôde desabrochar em Thor: Ragnarok, primeiro filme da franquia a ser dirigido pelo neozelandês Taika Waititi, vencedor do Oscar pelo roteiro de Jojo Rabbit. Fruto do mesmo continente, o par encontrou na união o melhor de suas qualidades, e assim coloriram Thor — antes herói cinzento e pouco dinâmico esboçado pelo diretor Kenneth Branagh. Mais colorido e surreal, o filme foi um sucesso em parte por enfim deixar que o ator protagonizasse uma comédia, gênero que ele havia apenas explorado por meio de papéis menores em Caça-fantasmasO Segredo da Cabana e Férias Frustradas.

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    Antes disso, o ator era mais sinônimo de personagens sisudos ou de interesses românticos bonitinhos. Na Austrália, foi descoberto por produtores da novela Home and Away, em que interpretou o bad boy Kim Hyde por 194 episódios. Em 2009, conquistou seu primeiro papel hollywoodiano, uma ponta como pai do Capitão Kirk em Star Trek e daí seguiu o caminho esperado. Foi convocado para o Universo Marvel, e fora dele continuou a interpretar protagonistas viris, como em Hacker Branca de Neve e o Caçador. Como estrela de ação, Hemsworth é perfeitamente competente, mas intercambiável. É na estranheza e no ridículo, porém, que se prova muito mais que um rostinho bonito.

    Não que o bom humor e a flexibilidade do australiano sejam suficientes para garantir sucesso. Após o êxito de Ragnarok, ele voltou a colaborar com Waititi para Thor: Amor e Trovão, mas o filme não atingiu o lucro esperado e, pior, desagradou boa parte da crítica americana. Segundo o próprio ator, ele se perdeu nas improvisações e se tornou caricatura de si mesmo. Da decepção, pelo menos, surgiu algo de positivo: menos importante para a linha de produção Marvel, ele agora pode se comprometer a mais projetos ecléticos com diferentes cineastas. Depois de trabalhar com Miller, diz querer colaborar com Baz Luhrmann, de Moulin Rouge e Elvis, e se prepara para desenvolver dois projetos com Darren Aronofsky, de Cisne Negro — uma comédia ácida e uma ficção científica. Em entrevista à revista Vanity Fair, diz também estar considerando participar de outros dois longas, um musical e uma comédia romântica.

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    Revela também estar mais determinado do que nunca, ciente de que não tem mais tanto tempo em Hollywood à sua frente quanto tinha aos 25 anos de idade. Na produção da série documental Sem Limites, criada por Aronofsky, descobriu ter duas cópias do gene APOE4, fator de risco — não diagnóstico — para o desenvolvimento de Alzheimer. A descoberta foi chocante, mas não lhe causou qualquer vontade de se aposentar, ao contrário de rumores da época da notícia. Na própria série, assim como em seu dia a dia, o ator busca viver melhor e por muito tempo. A depender dele, as surpresas estão só começando.

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