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Por João Batista Oliveira
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.
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Professores que fazem a diferença

Que professores fazem diferença? Qual é a relação entre a qualidade cognitiva dos professores e o desempenho dos alunos? O que dizem os estudos sobre isso?

Por João Batista Oliveira Atualizado em 15 out 2018, 13h40 - Publicado em 15 out 2018, 13h37

Por ocasião do Dia do Professor, cabe uma reflexão: que professores fazem diferença? O que dizem as evidências sobre isso?

Mais uma vez Erik Hanushek, junto com seus colegas Marc Piopiunik e Simon Widerhold, nos oferecem um resumo das evidências mais recentes. O artigo é complexo, mas a conclusão é simples: professores que fazem diferença possuem um nível cognitivo mais elevado, ou seja, situam-se entre os melhores alunos de sua geração. O estudo mostra que há uma fortíssima correlação entre a qualidade cognitiva dos professores e o desempenho dos alunos. E também mostra que o nível cognitivo dos professores é muito mais importante para explicar a aprendizagem dos alunos do que o tipo de formação ou o estilo que usam para ensinar. O estudo usa dados de 31 países.

Em artigo publicado recentemente no jornal O Estado de São Paulo, apresentei dados de um estudo recente sobre a oportunidade que o Brasil tem diante das mudanças demográficas: ao mesmo tempo em que diminui dramaticamente a quantidade de alunos, aumenta enormemente a quantidade de professores efetivos que poderão se aposentar.

Esse quadro cria uma oportunidade única para o país criar novas carreiras docentes, atraindo pessoas com um perfil diferenciado e compatível com o que nosso ensino médio e nossas universidades têm de melhor.

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Estágios bem supervisionados em escolas que funcionam bem serviriam para iniciá-los na carreira. E, claro, uma carreira atrativa e diferenciada em escolas bem dirigidas.

Nada disso se pode fazer com pressa ou programas nacionais de grande escala. Muito menos com as ideias que prevalecem na maioria de nossas universidades e escolas de formação de professores. O momento demográfico nos dá tempo de fazer essa transição. Estratégias diferenciadas e bem arquitetadas poderiam permitir a transição para esta carreira dos melhores professores que já atuam no ensino.

Esta seria uma forma de o Brasil criar uma nova carreira com professores que fazem diferença. Assim, quando tivermos uma legião de alunos bem preparados, teremos mais razões ainda para comemorar o Dia do Professor.

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