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Por João Batista Oliveira
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IDEB: indicador confiável da qualidade da educação?

Para termos uma noção mais adequada do desempenho dos alunos e das redes de ensino, é mais prudente usar os dados da Prova Brasil do que os dados do IDEB.

Por João Batista Oliveira 3 out 2019, 14h10

Neste 7º post da série sobre o Relatório “Para desatar os nós da educação – uma nova agenda”, abordamos uma questão importante: qual a diferença entre IDEB e Prova Brasil? O IDEB é um indicador confiável?

O IDEB é um indicador muito mais usado do que a Prova Brasil. Não é por acaso: o IDEB melhora muito mais do que as notas da Prova Brasil, e todos preferem notícias boas às más. Vejamos como o IDEB pode causar uma visão distorcida dos ganhos na educação.

Esta tabela apresenta os dados de dois municípios com IDEB 3,3: Augusto Correa (PA) e Paranhos (MS). Mas as notas desses municípios na Prova de Matemática foram de 220,47 e 262,48 respectivamente. Obviamente, o desempenho de Paranhos é muito melhor, embora o IDEB seja equivalente. O mesmo ocorre na comparação entre Itamarati de Minas e Jucati na Prova de Língua Portuguesa.

Por que isso ocorre? Ocorre porque o IDEB mistura dois fatores: a taxa de aprovação e a nota: municípios que reprovam mais são penalizados no indicador. O objetivo do MEC foi o de reprimir a reprovação em massa. Na prática, isso não ocorreu – a reprovação em grande escala ainda perdura, e o IDEB envia uma mensagem de melhora muito maior do que efetivamente está ocorrendo.

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Esta tabela apresenta uma outra versão dessa mesma história: entre 2005 e 2017, a variação no IDEB nas séries iniciais foi de 52,8%. Se considerássemos apenas a variação nas notas da Prova Brasil, a variação teria sido de 33,3%. Ou seja: misturar os dois indicadores na mesma medida causa essa ilusão de aparente melhoria da educação.

Portanto, para termos uma noção mais adequada da evolução do desempenho dos alunos e das redes de ensino é mais prudente usar os dados da Prova Brasil do que os dados do IDEB.

Resta perguntar: os dados da Prova Brasil são confiáveis? Como é o desempenho dos alunos brasileiros em outros testes – como o Pisa? Este é o objeto do próximo post dessa série.

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