Prevalecendo a ótica do “quem manda aqui sou eu” sob a qual Jair Bolsonaro enxerga o exercício da Presidência da República, não há risco de haver solução boa para a indicação do nome que comandará a Procuradoria-Geral da República a partir de 17 de setembro.
Há dois meses toda semana surge um novo “favorito” que logo em seguida entra para a lista dos renegados, seja por falta de alinhamento ao pensamento do presidente, defeitos de currículo ou resistência do corpo do Ministério Público. Desde o início de agosto saem do Palácio do Planalto notícias sobre a data do anúncio, que logo é adiado. Portanto, navega-se no mar da mais completa, e por que não dizer, nefasta especulação num assunto dessa importância.
A razão desse vaivém é simples: Bolsonaro que ver à frente do MP alguém que lhe obedeça às ordens, mas ainda não descobriu como fazer isso sem deflagrar uma crise sem precedentes numa instituição que recebeu da Constituição de 1988 força e independência para exercer a tarefa de defender a sociedade.
Trata-se do maior vespeiro entre todos os outros que o presidente julga poder pôr a mão de maneira inconsequente e equivocada.