O manifesto de afirmação democrática divulgado por seis dos pré-candidatos – entre a dúzia de nomes que circulam como possibilidades – à Presidência da República desenha um primeiro esboço do que pode vir a ser uma convergência para a disputa eleitoral de 2022.
De todos, Henrique Mandetta (DEM), João Doria, Eduardo Leite (ambos do PSDB), Luciano Huck (sem partido) e João Amoêdo (Novo), só Ciro Gomes (PDT) é mais identificado com as forças de esquerda. Por isso mesmo a adesão dele tem um significado de intenções mais amplas.
Chama atenção a recusa de Sérgio Moro em assinar – que tanto pode significar desistência de concorrer como prudência ou até intenção de correr em faixa própria – e o fato de o ex-presidente Lula da Silva não ter sido convidado. Sinaliza a ideia de marcar terreno e distanciamento do PT, além de não dar chance a Lula de recusar como já havia feito em outro manifesto em defesa da democracia divulgado no ano passado.