Quando era forte como oposição, o PT expulsou vários deputados. Airton Soares e Bete Mendes por votarem em Tancredo Neves no colégio eleitoral de 1985 e Luiza Erundina por integrar como ministra o governo de transição de Itamar Franco pós impeachment de Fernando Collor, em 1993.
Perdeu gente como Chico Alencar e Heloísa Helena, em 2005, por discordâncias em torno na reforma da Previdência e ganhou coisa alguma com essas pretensas demonstrações de consistência partidária. Nesses exemplos é que deveriam se espelhar PDT e PSB quando pensam em punir seus deputados que votaram a favor da reforma da Previdência contra a orientação dos partidos.
Não ganham nada e ainda perdem representação na Câmara. No caso do PDT, o partido abre mão de um ativo poderoso na figura da deputada Tabata Amaral. Se os problemas hoje da esquerda tivessem relação com a fidelidade de votos estaria tudo resolvido.
Como a atual irrelevância política desses e de outros partidos relaciona-se com questões mais profundas, a natureza da discussão naquele campo deveria ser outra, atinente aos seus métodos, à coerência/consistência do discurso e à maneira de se dirigir à população.
Nesse aspecto, a defesa de Ciro Gomes pela saída de Tabata Amaral não contribui para o partido, dada as inúmeras críticas de partidos e de posições do cearense ao longo de sua carreira política iniciada na Arena.