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Por Laryssa Borges
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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Oxford procura 300 crianças para testar vacina anti-Covid

A Organização Mundial da Saúde (OMS) contabiliza 165 estudos clínicos envolvendo crianças e adolescentes como público-alvo

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 fev 2021, 11h09

13 de fevereiro, 8h25: A Universidade de Oxford anunciou que pretende recrutar 300 crianças no Reino Unido para aferir a segurança de sua vacina contra o novo coronavírus. A eficácia do imunizante é de 76% na primeira dose em adultos e de 82,4% após a segunda ampola, de acordo com artigo publicado na revista científica The Lancet. No caso das crianças, grupo populacional não testado nas vacinas atualmente utilizadas na pandemia, a ideia é que 240 delas, a partir dos seis anos de idade, recebam a vacina verdadeira e 60 uma vacina para meningite, que funcionaria como placebo no projeto.

O estudo será do tipo cego, em que apenas o paciente não saberá se tomou a vacina real ou o placebo. O médico responsável terá conhecimento, de antemão, sobre o que estará sendo aplicado nas crianças e adolescentes voluntários. As outras farmacêuticas que já conseguiram desenvolver imunizantes anti-Covid – Pfizer, Moderna e Janssen – também pretendem testar seus fármacos em pessoas abaixo de 18 anos de idade.

Estudos em crianças e adolescentes nesta pandemia não são tão raros como se imagina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) contabiliza 165 projetos clínicos envolvendo esse tipo de público-alvo. Cientistas alemães querem analisar, por exemplo, o comportamento de pacientes de dois a seis anos durante a pandemia; indianos pesquisarão se a medicina ayurveda pode ser aplicada contra a Covid-19 em crianças; chineses buscam entender possíveis mudanças no perfil do patógeno da pneumonia em crianças antes e depois do coronavírus; e italianos querem monitorar a presença de anticorpos em crianças e jovens adultos que vivem com pelo menos uma pessoa infectada pela doença. Em todos os casos, para que os projetos científicos sigam adiante, serão necessários voluntários muito jovens.

Como voluntária de uma vacina experimental contra a Covid-19 – no meu caso, a da Janssen – assinei documentos que autorizavam os pesquisadores a injetar em meu braço uma ampola do potencial imunizante ou de um placebo. No caso de crianças, caberia aos responsáveis tomar essa decisão. “É difícil recrutar voluntários de tão baixa idade”, me disse o pesquisador principal do estudo do qual faço parte, Luis Augusto Russo.

A ciência precisa de voluntários infantis, mas não, não é nada fácil colocar um filho na linha de frente dos testes.

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