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Por Laryssa Borges
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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Não publique o comprovante de vacinação nas redes; golpistas estão de olho

Expor dados pessoais pode facilitar a vida de estelionatários e de quem vende ilegalmente cadastros de brasileiros, diz especialista

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 fev 2021, 11h46

6 de fevereiro, 10h38: Fevereiro começa com o anúncio de que a gigante farmacêutica Pfizer pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o registro definitivo de sua vacina anti-Covid para uso no Brasil. A Covishield, produzida pela parceria entre a Universidade de Oxford e a AstraZeneca, também aguarda sinal verde do órgão regulador para que seu imunizante possa ser utilizado sem as restrições típicas do uso emergencial – como a priorização de determinados grupos de pacientes na fila de vacinação. Com isso, é provável que ganhe velocidade o ritmo de imunização dos brasileiros e, consequentemente, mais pessoas, aliviadas, ostentem em público o comprovante de que foram vacinadas.

Especialistas alertam, porém, que golpistas estão de olho neste misto de alegria e orgulho daqueles que publicam os cartões de vacinação em redes sociais. Cada estado desenvolveu seu próprio modelo de comprovante de imunização, mas não raro eles trazem, além do nome completo do cidadão e do CPF, o número da carteirinha do SUS, dados sobre o local em que a vacina foi ministrada, o lote e a fabricante da ampola, a imagem da assinatura do vacinador e a data quando a segunda dose deverá ser tomada. Em mãos erradas, essas informações são um prato cheio para estelionatários, que podem falsificar cartões de vacinação, usar dados pessoais exibidos nas redes para golpes financeiros e criação de documentos falsos e vender cadastros inteiros de vacinados no mercado paralelo.

“Na euforia de mostrar que foram vacinadas, as pessoas se tornam vulneráveis. Estelionato, falsa identidade, fraude, todos os tipos de golpe podem estar relacionados com o roubo de dados pessoais. Na rede, quanto mais você se expõe e expõe terceiros, é muito mais fácil você e esse terceiro serem o alvo de golpes. Crimes clássicos como estelionato são ainda mais facilitados quando uma pessoa coloca mais dados à disposição nas redes para fraudadores cometerem crimes”, disse ao blog a advogada Margareth Kang, especialista em proteção de dados e tecnologia.

No ano passado, dois grandes vazamentos de dados compilados no Ministério da Saúde expuseram, em poucas semanas, informações pessoais de 16 milhões de brasileiros que suspeitavam ou haviam sido diagnosticados com a Covid-19 e de mais de 200 milhões de pessoas (um percentual delas já mortas) com informações como cadastro no SUS, contratantes de planos de saúde e histórico médico.

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“Existe um interesse muito grande sobre dados pessoais. Não à toa vemos muitos vazamentos de dados acontecendo. Dados sensíveis, como os relacionados à saúde, atraem não só curiosos, mas também golpistas e pessoas que querem se aproveitar disso. Quando mais você publica seus dados pessoais na internet, mais se gera valor, e a base de dados se torna mais atraente para ser adquirida e vazada por pessoas mal-intencionadas”, diz Kang.

Por isso, se você, vacinado, não se aguentar e quiser mesmo publicar que enfim recebeu um imunizante contra a Covid-19, cubra o máximo de informações possível disponibilizadas no cartão de vacinação. A sua segurança e a de seus dados pessoais agradecem.

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