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O futuro pertence aos curiosos

A busca do desconhecido nos faz evoluir

Por Lucilia Diniz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 fev 2021, 10h45 - Publicado em 26 fev 2021, 06h00

Gente bem-sucedida na vida e no trabalho costuma ser curiosa. Qualquer assunto lhe desperta o maior interesse. Pode reparar. Conte a uma dessas pessoas o que você faz e se prepare para uma enxurrada de perguntas. Diga que trabalha num banco, por exemplo, e ouça questões sobre o mercado financeiro: “Como é a composição da sua taxa de juros?”. Ou, se seu métier for a marcenaria: “Que cinzel você usaria para recuperar um móvel antigo de pau-brasil?”. Nem prestadores de serviço escapam. Quando alguém curioso manda consertar um eletrodoméstico, aproveita para indagar sobre seu funcionamento. “Como é mesmo que o micro-ondas esquenta a comida?” Diante de um curioso nato, todo mundo está sujeito a sabatinas.

Einstein, com aquela modéstia que só não era maior do que seu gênio, disse certa vez não ter nenhum talento especial, a não ser sua imensa curiosidade. Na realidade, não há limite para o tanto de conhecimento que podemos acumular. Todo assunto pode ser fascinante. Toda experiência é potencialmente preciosa. Afinal, nunca se sabe quando uma informação aparentemente aleatória ou irrelevante se mostrará decisiva em nossa trajetória.

Daí a importância de cultivarmos nossa curiosidade. Esse desejo intenso de conhecer e experimentar o novo é um dos principais ingredientes de qualquer história de sucesso. Ser curioso não ajuda somente a trazer realizações profissionais e financeiras. Mais importante é o efeito que a curiosidade tem sobre o desenvolvimento da nossa personalidade, o que só descobrimos quando nos dispomos a mergulhar em experiências diferentes, intimidadoras à primeira vista, mas incrivelmente recompensadoras. Sem um pouco de ousadia, corremos o risco de passar a vida inteira sem saber do que realmente gostamos.

“Nunca se sabe quando uma informação aleatória ou irrelevante se mostrará decisiva”

Falo por mim mesma: foi a curiosidade que me levou a aprender mais sobre alimentação e saúde. Por interesse próprio, fui entendendo como desconstruir receitas, como encontrar substitutos saudáveis para meus pratos favoritos, como montar dietas equilibradas. Minha curiosidade me presenteou com uma paixão e uma nova carreira. Permitiu também que eu acumulasse conhecimentos, os quais compartilho neste espaço. Estar aberta a novas experiências me ajudou a conhecer quem realmente sou.

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Ser curioso também é fundamental para que possamos desenvolver nossa capacidade de enxergar e entender o outro. Quando nos deixamos guiar pelo cheiro do desconhecido, encontramos pessoas diversas, com culturas, histórias e filosofias de vida diferentes das nossas. Essas vivências são fundamentais, pois ninguém amadurece convivendo apenas com seus semelhantes. O contato com perspectivas variadas pode ser um encontro prazeroso ou um choque que provoca incômodo. Em ambos os casos, saímos maiores e melhores dessas experiências, amadurecidos e com o senso crítico mais apurado. Afinal, se não tivéssemos interesse em conhecer o que se passa na mente do outro, estaríamos eternamente condenados a repetir os hábitos de nossos antepassados. Sem curiosidade, não há evolução.

Preserve o brilho nos olhos diante do desconhecido. O futuro pertence aos curiosos.

Publicado em VEJA de 3 de março de 2021, edição nº 2727

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