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Clarissa Oliveira

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‘Jogo político’ e ‘picuinha’: briga entre governo e BC vai continuar

Embate entre time do presidente Lula e Roberto Campos Neto vai persistir, independentemente do corte da taxa de juros

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 13 Maio 2024, 23h05 - Publicado em 2 ago 2023, 08h18

A aguardada redução da taxa de juros na reunião do Copom desta quarta-feira vai inaugurar uma nova fase na rixa entre a equipe econômica do governo Lula e o Banco Central. A reunião do Comitê de Política Monetária do BC, o Copom, deve confirmar ao menos uma redução de 0,25 ponto na Selic. Mas já é certo, pelas conversas que correm nos bastidores, que a briga vai continuar.

A persistência do confronto independe do tamanho do corte. Primeiro, porque o governo Lula quer bem mais do que o BC parece disposto a oferecer. Na ata de sua última reunião, o Copom manteve o tom cuidadoso. Falou novamente na necessidade de “parcimônia e cautela na condução da política monetária”. Não combina nem de longe com o que Lula e sua equipe defendem. 

Nenhum integrante do governo ouvido pela coluna nos últimos dias aposta numa redução maior, de 0,5 ponto, já na reunião desta quarta. E, mesmo que ela ocorra, a ordem é investir na tese de que o BC tem atraso de sobra para tirar. Os petistas parecem seguir algo na linha: se o Copom cortar 0,25, é porque podia ter cortado 0,5. Se cortar 0,5, podia ter sido 0,75. E deve ser assim nos próximos meses.

Pessoas próximas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também deixam claro que os ataques e críticas individuais a Roberto Campos Neto serão mantidos. Até porque o governo precisa disso, politicamente. Campos Neto foi transformado numa espécie de “arqui-inimigo” da grande retomada prometida pelo governo. Fica fácil imaginar em quem será jogada a culpa, se o milagre econômico vendido na campanha não vier.

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“O que está muito claro é que essa turma do BC decidiu atrapalhar o projeto político que venceu nas urnas. Só que já está passando longe do razoável. O que o Campos Neto está fazendo é picuinha, é jogo político”, disse à coluna um petista com bom trânsito na Fazenda e no Palácio do Planalto. “Falar em 0,25 a cada reunião até o fim do ano não dá para nada. Não resolve o problema que a gente tem no Brasil hoje”, emendou.

Ontem, a conversa que circulava nos corredores era a de que o governo considera indispensável que o comunicado do Copom traga, ao menos, uma sinalização clara por cortes maiores nas próximas reuniões. Vale lembrar que a reunião desta semana marca a estreia de dois novos diretores no comitê, indicados pelo presidente Lula: Gabriel Galípolo e Aílton Aquino. Que terão a missão de tentar puxar o Copom numa nova direção.

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