Pesquisa traz um dado que faz Bolsonaro rir e outro que lhe tira o sono
Levantamento Genial/Quaest traz dois dados essenciais para a campanha do presidente sobre quem recebe o Auxílio Brasil
O presidente Jair Bolsonaro segue em segundo lugar na corrida presidencial. Ainda assim, ele tem seus motivos para comemorar. O levantamento Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira, o presidente apresentou a menor distância em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de toda a série histórica. Lula tem 44%, Bolsonaro tem 32%. É uma boa notícia. Mas não melhor que outro dado da pesquisa: a receptividade ao seu governo entre os beneficiários do Auxílio Brasil.
De acordo com a pesquisa, a avaliação negativa do governo Bolsonaro caiu 9 pontos entre julho e agosto, indo a 39%, quando analisados especificamente os eleitores que recebem a versão turbinada do Bolsa Família. É um sinal que o governo buscava ansiosamente. Até porque os pagamentos ainda nem começaram. Só terão início no próximo dia 9. Ou seja, há terreno para melhorar esse desempenho.
Mas nem tudo é uma maravilha. A pesquisa ainda expõe um desafio enorme imposto ao presidente: converter essa percepção do eleitor em intenção de voto. Isso ainda não aconteceu, de acordo com a Genial/Quaest. O número de eleitores que recebem o Auxílio Brasil e prometem votar em Bolsonaro até caiu. E não foi pouco: passou de 62% para 52%.
Interlocutores de Bolsonaro dizem que não há sombra de dúvida de que o mega pacote de bondades aprovado na PEC Kamikaze vai se traduzir nas intenções de voto do presidente. Dizem que é preciso dar tempo ao tempo. E que o governo precisa de fato investir em comunicação. Mas a ideia é que não só o Auxílio Brasil com valor de R$ 600 vai garantir o sucesso na empreitada. Há também o auxílio que será liberado a caminhoneiros e a ajuda que irá para taxistas. A tese é que, combinados a um cenário de deflação esperado para a economia, esses benefícios vão ajudar a virar o jogo em relação a Lula.
Os aliados do presidente reconhecem que a rejeição alta ainda é um problema. Mas mantêm o otimismo. “Tá todo mundo insistindo que o problema vai ser a rejeição dele, mas pode valer que o que vai contar na hora do voto é se as coisas melhoraram para o eleitor”, disse um bolsonarista à coluna.