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Geraldo Alckmin e o ‘erro histórico’ de uma chapa com Lula

Jogado pelo presidente do PSDB no mesmo balaio do Marechal Pétain, tido como colaborador do regime nazista, Alckmin assume risco alto para se manter no jogo

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 7 dez 2021, 09h47 - Publicado em 7 dez 2021, 09h46

Quem é próximo do ex-governador Geraldo Alckmin diz que o (ainda) tucano deve decidir nos próximos dias seu destino político. Os aliados mais próximos e aqueles que têm interesse direto nos planos do ex-governador ainda não se arriscam num palpite preciso sobre qual será sua decisão. Mesmo com toda a cara de balão de ensaio, a ideia de ser vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua na mesa de negociações. Assim como a possibilidade de se candidatar ao Palácio dos Bandeirantes, possivelmente por uma sigla como o PSD.

Seja qual for o caminho, o clima de “pede logo para sair” parece absolutamente consolidado no PSDB. Não se ouve mais nenhum relato de movimento para tentar segurar o ex-governador, que já foi importante na legenda ao ponto de ser escolhido para disputar o Palácio do Planalto. A irritação é tanta que o presidente nacional do partido, Bruno Araújo, comparou Alckmin ao Marechal Philippe Pétain na entrevista desta semana do Amarelas On Air, programa de entrevistas de VEJA.

A analogia não é em nada sutil. É colocar Alckmin e o nazismo na mesma frase. Basicamente, alça o ex-governador ao mesmo patamar do militar francês que abriu a porta para rendição da França aos nazistas e acabou condenado como traidor na Segunda Guerra Mundial. Era um militar digno das mais altas condecorações. Mas que cometeu “um erro histórico”, aponta o dirigente tucano.

Mas esse não é o único erro, segundo o quase ex-partido de Alckmin. Essa turma entende que a possibilidade de o ex-governador concorrer ao Palácio dos Bandeirantes contra Rodrigo Garcia é um equívoco tão grande quanto se aliar ao PT de Lula. Em vez disso, afirmam, ele deveria reivindicar o crédito por ter colocado Garcia onde ele está. Apresentar-se como uma espécie de padrinho político do hoje vice-governador.

O escolhido de João Doria para disputar sua sucessão foi secretário de Alckmin, construiu grande parte de sua trajetória política ao lado do ex-governador. É frequentemente citado como um dos quadros mais preparados da nova geração de políticos do PSDB. Se vencer a corrida para o governo paulista, estará automaticamente cacifado para disputar com Eduardo Leite, governador gaúcho, o papel de protagonista da participação tucana em eleições que estão por vir.

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Alckmin fala pouco. Mantém-se longe dos holofotes enquanto decide seu destino. Cortou as conversas com dirigentes tucanos e restringe as discussões sobre seus planos a um grupo de pouquíssimos aliados. Se de fato pedir para sair, Alckmin dará o passo que vai consolidar o novo PSDB. Afinal, Fernando Henrique e José Serra se distanciaram da política por questões de saúde. Aécio Neves saiu derrotado da tentativa de emplacar Eduardo Leite na chapa presidencial, assim como Tasso Jereissati. Dos maiores caciques tucanos da velha guarda, restava Alckmin.

Será uma virada de página para o PSDB, que terá em João Doria seu maior vencedor, pelo menos num primeiro momento. A questão é o que virá pela frente. O capital político de Alckmin pode até ter sofrido um baque grande na última eleição presidencial. Mas está longe de ser desprezível. Se for parar nas mãos do PT ou do PSD, pode sim dar muito trabalho ao novo tucanato.

Confira a íntegra da entrevista de Bruno Araújo ao Amarelas On Air:

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