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André Mendonça chegou ao Senado na corda-bamba e a culpa é só de Bolsonaro

Ao finalmente ser sabatinado pela CCJ, ex-AGU não tem outra saída a não ser defender uma atuação laica e contrariar o presidente que o indicou

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 1 dez 2021, 13h08 - Publicado em 1 dez 2021, 11h20

Quando o assunto é a dificuldade de emplacar a indicação de André Mendonça para a vaga no Supremo Tribunal Federal, aliados do presidente Jair Bolsonaro gostam de discorrer sobre o que consideram uma espécie de conspiração para prejudicar o governo. O próprio Bolsonaro, nas declarações que deu a respeito, disse em mais de uma ocasião que “não entende” o motivo da resistência de Davi Alcolumbre (DEM-AP) em pautar a sabatina. Fala em uma “tortura” conduzida pelo antigo aliado. Mas Bolsonaro não tem ninguém para culpar a não ser a si mesmo.

A indicação de um ministro do Supremo é política, ninguém discorda disso. Se não fosse, não viria pela mão do presidente da República. Mas Bolsonaro não só anunciou o ex-AGU como um ministro “terrivelmente evangélico”, como o fez propondo até mesmo que sejam feitas orações durante as sessões do Supremo. Foi o presidente quem o pintou como um nome que não chegou até a sabatina por sua trajetória como jurista e sim por sua religião.

Eis que o próprio André Mendonça chegou à sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado com um discurso em defesa de uma atuação laica e pautada pela Constituição. Contradizendo o mesmo presidente que o indicou. A afirmação feita há pouco por Mendonça tende a ser sucedida por outras semelhantes no decorrer do dia. Para sair da CCJ com aval dos senadores, o ex-AGU não tem outra opção a não ser seguir por esse caminho.

Mas o pior é que, na prática, não é nem a religião o obstáculo central para a confirmação de Mendonça, e sim o fato de Bolsonaro não feito política para garantir a indicação. Um ministro do Supremo ouvido pela coluna ressalta que não faltam a André Mendonça qualidades que lhe permitem ser um bom indicado para o tribunal. Segundo ele, se Bolsonaro não tivesse colecionado tantos desafetos no Congresso e deixado antigos aliados ao relento, dificilmente teria sido possível tanta gente passar a mão na cabeça de Davi Alcolumbre enquanto o presidente da CCJ ficou sentado em cima da indicação.

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