A dieta anticoronavírus de Jair Bolsonaro
Na entrevista que concedeu a VEJA desta semana, presidente diz que 'quem mais caminha para o óbito por coronavírus é o obeso e quem está apavorado'
Na entrevista que concedeu a VEJA, o presidente Jair Bolsonaro fez um balanço sobre a pandemia do coronavírus baseado na premissa de que “não errou em nada” na forma como conduziu a crise. Ali, ele traz também o que mais parece a base de uma receitinha caseira, dessas distribuídas nas redes sociais, sobre como se proteger da doença.
Segundo a declaração dada pelo próprio presidente, “hoje há estudos que mostram que quem mais caminha para o óbito por coronavírus é o obeso e quem está apavorado”. “Falei isso no início do ano passado. Todo mundo aumentou de peso ficando em casa.”
Ficar apavorado com o coronavírus, segundo Bolsonaro, aumenta o risco de morte pela doença. Em especial fazer quarentena. Você vai ficar em casa, parar de se exercitar, comer mais e engordar. Numa conta que parece só fazer sentido na cabeça do presidente, o fato de estudos atrelarem a obesidade a um risco maior de morte é a mesma coisa de dizer que as mortes são, em sua maioria, de pessoas obesas.
Na dieta proposta, a vacina contra o vírus é opcional. Principalmente a Coronavac, aquela tal vacina chinesa do João Doria. Até porque a hidroxicloroquina, segundo ele, é eficaz e pode ser tomada indiscriminadamente em caso de contaminação.
Daquelas receitinhas caseiras de deixar qualquer médico de cabelo em pé.
Leia a íntegra: A chance de um golpe é zero, diz Bolsonaro em entrevista a VEJA