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Vlady Oliver: Palhaços de estimação

Não fomos nós que optamos pelo fim da civilidade em suaves prestações superfaturadas

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h34 - Publicado em 15 out 2016, 01h57

Não sei não, mas acho que ando vendo palhaços demais em minha vidinha besta. Basta uma rápida olhada na blogosfera para sabermos que somos acossados pela terceira guerra mundial, pela gravidade do Planeta X, pelos palhaços assombrações, pela prisão do meliante chefe da camarilha e por outras tantas hecatombes que fariam corar a sacristia toda. Aliás, ela mesma anda em polvorosa, mandando recados esquisitos e se recusando a abençoar o “governo golpista”, que vai queimar no inferno se resolver cobrar dos templos tudo o que eles devem em impostos.

Tempos esquisitos. Não sei se conta a pessoa acabar de perder o pai e a mãe e alguém vir confortá-la afirmando que “isso passa” e outras beatitudes e formalidades. Resumindo: não se questiona com razões, questões de fé, da mesma maneira que não adianta apelar para o civismo e para a cidadania, quando sabemos que estamos diante de um bando de ladrões em plena atividade parlamentar. É do jogo, como diria o próprio presidente Temer, que vem me ensinando algumas aulinhas de bom senso e tolerância.

Eu só acho que o abismo que nos olha tem nome, sobrenome e endereço certo. Não fomos nós que o parimos e o alimentamos; pelo contrário. Somos um povo até bastante tolerante com tudo o que está acontecendo no país. A estrondosa roubalheira capitaneada por todos estes homúnculos vem merecendo uma resposta rápida e contundente do poder público, antes que o sapato seja usado para abater estes salafrários todos. E haja sapato.

Continuo a brandir a diferença entre uma convicção e uma constatação. Por convicção sou contra a violência, seja ela uma sapatada, um tiro de canhão ou toda essa vigarice institucionalizada. Por constatação, no entanto, penso que só podemos pedir respeito às leis, às instituições, ao governo, à sociedade e à classe política, quando estes agentes da vida pública se fazem respeitar perante o conjunto de indivíduos a que estes deveriam representar. O resto é guerra.

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É evidente que temos que ser a turma do “deixa disso”. Os bombeiros da nação exausta. Os “médicos sem fronteiras” dessa doença chamada Brasil. O problema é justamente a demora das soluções. A disparidade de versões. As avarias de julgamento. É muito bonito oferecer flores aos combatentes, mas não somos nós que sentimos o cheiro da morte em confrontos estúpidos. Não fomos nós que optamos pelo fim da civilidade em suaves prestações superfaturadas. Não fomos nós que trouxemos essa guerra para o nosso quintal. Mas ela está aí na porta, nos ameaçando o tempo todo.

Se eu precisar pegar no porrete para defender minha casa, minha família, minha vida e minha dignidade desses párias, o farei sem pestanejar. Não sou daqueles que oferece a outra face: só tenho uma para oferecer. O homem é um animal sem complacência, sem compaixão e sem limites. Entende o fim do seu território só quando começa o território do outro. Pois o cara que transpasse a minha cerca será alvejado por um pé 43. Republicanamente. Sem a menor dor na consciência. Só na careca. Vai encarar?

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