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Vlady Oliver: A panela, a cadeira e o microondas

Antes que alguém mande eu me benzer, afirmo categoricamente que estou sofrendo de Brasil

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h32 - Publicado em 19 out 2016, 21h51

Premido pela crise, demorei mais que o necessário para ver que algumas coisas em minha casa estavam caindo pelas tabelas. E fui comprar os itens que listei acima. Três das melhores marcas que conheço, para que fique bem claro que trabalho dobrado para tentar colocar em casa apetrechos com um pingo de dignidade na parada. A panela quebrou em três cozidas, a cadeira quebrou o suporte das rodinhas, me derrubando em pleno escritório falando com meu chefe pelo telefone, e o microondas ronca mais que um Trabant subindo a ladeira e queimando todo o óleo pelo caminho.

Três das melhores marcas do mercado, eu repito. Deem uma rápida olhada nas compras de supermercado do mês e vocês verão que o mais novo mimo do nosso “capitalismo, pero no mucho” é um selinho vermelho num canto da embalagem, afirmando que a mesma agora vem com 10% a menos de produto embutido nela. A lei agora permite isso. Um mimo, não é mesmo? Essa sucata em que transformaram a indústria nacional, apoiada na muleta calhorda do vigarismo estatal que campeou todo esse tempo por aqui, é o resultado de uma ideologia bamba com o mais completo descuido com qualquer planejamento, mérito, controle e eficiência.

É o PT no poder. É o discurso safado de esquerda, que quando não vomita evacua na decência, como um bando de macacos acuados diante da evolução da espécie. Demorei para encontrar um Nêumanne, nos escombros do jornalismo de hoje, para dar às coisas os nomes que as coisas tem. Que bom que ainda existe um exemplar, no meio de tantos outros que professam mesmo é sua indignação com o savonarolismo da Lava Jato. O país mais corrupto do mundo,  nu e com as calças arriadas, bradando que é vítima de uma perseguição seletiva. Não dá pra encarar, não é mesmo? Eu já vinha dizendo aqui mesmo que, como engenheiro que sou, sei bem os resultados de se fazer uma obra com a metade do cimento, para pagar propina. No mínimo, durará a metade do tempo.

Antes que alguém mande eu me benzer, afirmo categoricamente que estou sofrendo de Brasil. Um ajuntamento de vigaristas que tenta sobreviver, dando uma tunga no consumidor e usando materiais dos mais vagabundos em seus produtos. Teremos ou não uma “colaboração premiada” também neste quesito? Passou da hora do país repatriar também sua vergonha na cara, irremediavelmente perdida entre o socialismo de pinga que nos impuseram e a saudade marreta que essa gente ostenta de uma realidade que jamais se consumou, porque foi arquitetada para ser a fraude que é.

Essa gente não me engana. Se aquele escritor, andares abaixo, pedisse emprestado um liquidificador para uma prima dele, lá nos Estados Unidos, e esta lhe apresentasse um troço que mói até pedra britada, aposto que ele entenderia finalmente a diferença entre o socialismo barato que nós condescendemos em experimentar por aqui e o capitalismo de resultados práticos e aferíveis. Nunca antes tinha visto este país com olhos tão abertos. É um lixo. Obrigado, Nêumanne. Obrigado, Augusto. Tá difícil.

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