Assine VEJA por R$2,00/semana
Augusto Nunes Por Coluna Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Valentina de Botas: As trombetas apocalípticas da guardiã da caixa-preta

Não à toa Roberto Carlos fala, no clássico sincera e deliciosamente ridículo (ou não seria romântico), dos detalhes. Nossas vidas acontecem nas miudezas do cotidiano e coisas extraordinárias não acontecem cotidianamente, por óbvio. Mas sempre há dias e coisas especiais, não é mesmo? O dia do casamento, do embarque para a viagem dos sonhos, passar […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 02h25 - Publicado em 23 dez 2014, 18h17
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Não à toa Roberto Carlos fala, no clássico sincera e deliciosamente ridículo (ou não seria romântico), dos detalhes. Nossas vidas acontecem nas miudezas do cotidiano e coisas extraordinárias não acontecem cotidianamente, por óbvio. Mas sempre há dias e coisas especiais, não é mesmo? O dia do casamento, do embarque para a viagem dos sonhos, passar no vestibular, o nascimento dos filhos e dos netos, a promoção tão batalhada. Mas, neste mundo teremos aflições, ensinam as Escrituras e provam-nos os dias que nos entristecem poderosamente: o da morte de pessoas queridas, da pulverização de um sonho, da constatação renovada das enfermidades de um mundo incurável e tal.

    Publicidade

    Publicidade

    Pois qualquer um desses dias – tanto entre aqueles em que vamos aos céus celestiais quanto os outros em que descemos aos infernos infernais – abriga o detalhe que o tatua na nossa alma. O detalhe evoca o sorriso, a lágrima ou a lição daquele dia. Por exemplo, neste vídeo em que a então ministra Dilma Rousseff aparece com aquele cabelo lembrando o do Zacarias (aquele d’Os Trapalhões) depois da chapinha, há detalhes anunciando com trombetas apocalípticas o apocalipse. Ora, quem conta assim 97, 98, 99, 2000 (cadê o 100?) alerta que não entende de contabilidade e, portanto, está desautorizado a falar a respeito.

    O detalhe é que a Petrobras não encontra hoje uma empresa que chancele a contabilidade que Dilma tanto celebra. Uma ministra que dá à voz esta inflexão misturando bronca de inspetora de internato à intriga da família sobre o tio viúvo e a namorada 20 anos mais nova, ensina autoritarismo e leviandade. Dilma servia a um governo que assumira havia 7 anos, portanto teve oportunidade de abrir a caixa-preta que a Petrobras poderia ter sido em 97, 98, 99, 2000. Não o fez por quê? Porque não havia caixa a abrir, mas a fechar e era disso que cuidava aquela que não era uma ministra de Estado, mas do partido, ente máximo no mundo mental petista em que a política é a ordenação eficaz do Estado, da sociedade e de todos os recursos de ambos para satisfação dele, do partido.

    Cinco anos depois do vídeo, detalhes do relato de Paulinho e Beto à polícia deixam claro como aquele dia de sol, cheio de um vento que brincava no cabelo a la Zacarias-com-chapinha da ministra autoritária e leviana, que a Petrobras, miseravelmente exposta ao projeto hegemônico lulopetista de poder e de se arrumar, estava em pleno processo de esbulho. Claro, a empresa e o país têm de ser preservados. O detalhe tão difícil de esquecer, que a toda hora está presente, é que isso é impossível com essa escória.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.