Ainda atordoado com a suspensão de Lula, punido por vigorosos pontapés no Código Penal, o PT teve de engolir nesta segunda-feira a expulsão de Jaques Wagner, eliminado do jogo da sucessão presidencial pela Operação Cartão Vermelho. E a curtíssima fila de possíveis candidatos do PT ao Palácio do Planalto passou a ser liderada por Fernando Haddad.
É o mesmo que nada. Em 2012, o ministro da Educação incapaz de organizar com eficácia um exame do ENEM virou prefeito de São Paulo porque Lula ainda conseguia tapear multidões de incautos com os postes que fabricava. Quatro anos depois, ao disputar um segundo mandato, Haddad foi destroçado por João Doria já no primeiro turno.
Se não chegou sequer à etapa final do duelo pela prefeitura paulistana, como acreditar que o ex-prefeito escapará da votação de candidato nanico? Há dois anos, desmoralizado pela ladroagem sem precedentes, a seita da missa negra foi massacrada em todos os municípios importantes. Com um candidato desses, estará condenada a um fiasco monumental nas eleições de outubro.
O partido que virou bando terá a agonia acelerada pelo raquitismo das bancadas no Senado, na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas. A goleada reservada a uma nulidade política como Fernando Haddad vai escavar a cova rasa em que o PT merece ser enterrado.