Reynaldo-BH: ‘A condenação de João Paulo será a resposta do STF à cantilena cretina’
REYNALDO ROCHA Como irá a Câmara Federal se comportar diante da previsível ─ e esperada ─ condenação de João Paulo Cunha? Continuará deputado mesmo depois da troca de endereço? Do Congresso para a Papuda? (Ele não deverá estranhar as novas companhias). É didático que um mensaleiro pego em flagrante delito ─ usando a esposa ─ […]
REYNALDO ROCHA
Como irá a Câmara Federal se comportar diante da previsível ─ e esperada ─ condenação de João Paulo Cunha?
Continuará deputado mesmo depois da troca de endereço? Do Congresso para a Papuda? (Ele não deverá estranhar as novas companhias).
É didático que um mensaleiro pego em flagrante delito ─ usando a esposa ─ tenha o mesmo comportamento ao ser candidato a prefeito de Osasco.
Quem não teve receios em envolver a própria companheira na lama em que chafurdava certamente despreza a opinião de quem quer que seja. Esqueceu que junto com as opiniões estão os votos. E estes fazem falta para o delírio quase doentio da aventura eleitoral.cvesta tentativa.
A condenação de João Paulo marcará o julgamento do mensalão de modo inquestionável. Aliado ao Silvinho Land Rover, o único “inocente” que preferiu assumir a culpa a se defender, nada restará em pé neste castelo de Drácula. Nem mesmo o vampiro-mor, o Zé Dirceu da Transroubânia.
Os discursos histéricos ─ jamais históricos ─ da trupe de criminalistas que atiraram no mensageiro (Dr. Roberto Gurgel), na tentativa de desviar o foco da mensagem (as provas evidentes) serão ainda mais risíveis. E vergonhosos.
A condenação de João Paulo será a resposta do STF à cantilena cretina de que haveria uma “pressão popular” pela condenação, maculando a justiça do julgamento.
Pressão popular é válida e democrática. A sociedade tem o direito de se defender de marginais e exigir que os mesmos sejam trancafiados. Mas a verdadeira pressão veio dos acusados que, pelas vozes nervosas e esganiçadas dos doutos defensores, berravam que o julgamento era político e configurava uma revanche sem amparo nos fatos. E brandiam argumentos em defesa do direito de defesa.
E quem defende o povo? (Povo: qualificação em desuso, relegada ao último plano e rotulada ─ pelos milicianos ─ de sinônimo de massa de manobra. Não, não é!).
Quem defende o povo é a Procuradoria Geral. Ao contestar de modo irracional, deselegante e mentiroso os argumentos apresentados por Gurgel, os nobres causídicos estavam atacando quem falava em nome de todos nós!
A condenação deste menino-ladrão-com-cara-de-que-foi-criado-pela-avó (pobre senhora…) será, para além da justiça aplicada, a resposta que os brasileiros com vergonha na cara desejamos, em desagravo ao MP e em repúdio às teses que primaram pela falta de substância e por excesso de cinismo.
Outro ponto importante : o Jornal do Brasil está só no mundo da web. Espero um dia que alguém resgate ─ na essência ─ o verdadeiro JB. Os que estavam à frente do mesmo quando do chilique ensaiado do presidente da Câmara, que atingiu a quase impossibilidade metafísica ao desonrar o que já não tinha honra, continuam na imprensa.
E esta é ─ sem dúvida ─ uma das razões para a insistência lulopetista em silenciar a liberdade de informar e ser informado.
Restará uma esperança?
Ver ─ e aplaudir ─ aqueles que denunciaram o corrupto com cara de pivete batedor de carteiras atuando livremente na defesa da moralidade, ética e cidadania nas redações de jornais e revistas e poder encaminhar mensagens a João Paulo, na cela x, setor y, do Presídio da Papuda, será o início de uma retomada de um proceder que o PT interrompeu.
Como na propaganda: isto não tem preço!
Mas sinto que mais uma notícia ruim espera por João Paulo.
Jamais será xerife de cela.
Falta-lhe a coragem necessária para se impor a outros bandidos.
Será ─ quando muito ─ um estafeta de algum poderoso que esteja atrás das grades. (Esperemos que não falte a presença do capitão do time. Um xerife talhado para a Papuda).
O que não será novidade para João Paulo. Só mais do mesmo.
Ou a continuidade, na prisão, do que sempre fez em liberdade.
Que está muito próxima do fim.