Resposta de Gerson Y. Tomanari, chefe de Gabinete do Reitor da Universidade de São Paulo, ao post com o título A universidade agora é comandada pelos idiotas que diplomou, publicado no dia 15 de março:
Em post divulgado em Veja On-Line, no último dia 15 de março, o jornalista Augusto Nunes fez comentários desinformados e desrespeitosos, para não dizer ofensivos, em relação à Universidade de São Paulo (USP) e aos seus dirigentes.
Relacionou, de forma descabida e desinformada, o processo de restauro e modernização do Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga, que a Universidade leva a cabo, a um curso livre que o Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) oferece sobre os recentes acontecimentos políticos no País. Afirmou que, em vez de investir no restauro do Museu, que estaria abandonado, a Reitoria investe no curso. Trata-se de uma comparação sem qualquer nexo e conexão com a realidade.
A USP anunciou, no dia 18 de dezembro passado, o projeto vencedor do concurso nacional de arquitetura para a reforma do edifício-monumento do Museu. A empresa vencedora, que ganhou o direito de celebrar o contrato para o desenvolvimento do projeto executivo das obras, foi a Hereñu + Ferroni Arquiteto Ltda. A previsão é que o Museu seja reaberto em 2022, nas celebrações do Bicentenário da Independência.
Nos links abaixo, o leitor de Veja On-line pode obter amplas informações sobre o processo de restauro do edifício.
https://jornal.usp.br/institucional/museu-paulista-inaugura-mostra-no-espaco-expositivo-da-reitoria/
O curso livre “O Golpe de 2016 e o Futuro da Democracia no Brasil”, oferecido pelo Departamento de História da FFLCH, nem de longe disputa investimentos com a restauração do Museu Paulista, como afirma o jornalista, pois não gera custos adicionais para a Universidade.
Qualquer cidadão pode discordar do seu teor, mas sua realização, como curso livre, reflete o ambiente democrático e de liberdade de pensamento que deve caracterizar uma Universidade como a USP, em qualquer de suas áreas, exatas ou humanas – sejam de ensino, pesquisa e extensão.
Por fim, reiteramos que os termos com que o jornalista termina e titula o post foram desrespeitosos e ofensivos a toda a comunidade da USP.
Atenciosamente,
Gerson Y. Tomanari
Chefe de Gabinete do Reitor
Universidade de São Paulo (USP)