Requião reforça a suspeita: quem come mamona tem censura na cabeça
Em fevereiro de 2006, o governador Roberto Requião apareceu no Planalto para outro beija-mão estrelado pelo presidente Lula. Para mostrar ao companheiro paranaense que o Brasil estava pronto para brilhar também no mundo maravilhoso dos biocombustíveis, o anfitrião resolveu presenteá-lo com um um vidro cheio de sementes de coloração estranha. A cena assombrosa foi exibida […]
Em fevereiro de 2006, o governador Roberto Requião apareceu no Planalto para outro beija-mão estrelado pelo presidente Lula. Para mostrar ao companheiro paranaense que o Brasil estava pronto para brilhar também no mundo maravilhoso dos biocombustíveis, o anfitrião resolveu presenteá-lo com um um vidro cheio de sementes de coloração estranha. A cena assombrosa foi exibida pelo Jornal Nacional.
“É mamona”, previne Lula. Alheio ao aviso, Requião coloca as sementes na boca e começa a mastigar. “Isso é mamona, pô!”, espanta-se o presidente, rindo do delírio gastronômico. “É bom”, balbucia o trapalhão vocacional. “Você sabe que isso tem uma toxina que não pode comer?”, alerta Lula. Só então a ficha cai: assustado, Requião dá as costas para a câmera e cospe o biocombustível do futuro.
Seis anos depois, como informa a coluna de Ricardo Setti, o agora senador Roberto Requião continua sonhando com projetos que liquidem ou reduzam a liberdade de imprensa. É hora de divulgar intensivamente o vídeo que documenta a performance do comedor de biocombustível, acrescido da frase indispensável: “O Brasil que presta adverte: mamona faz mal à cabeça”.