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Para livrar Lula da cadeia, a tropa de rábulas tenta irritar Sérgio Moro com a insolência dos sem-álibi

A reprise da ópera dos atrevidos não funcionou: a testemunha contou que Marisa Letícia era tratada pela OAS como dona do triplex no Guarujá

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h07 - Publicado em 13 dez 2016, 19h14

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=6yjwLYUD-PA?feature=oembed&w=500&h=281%5D

Por falta de álibis e excesso de delinquências, a tropa de advogados encarregada de livrar Lula da cadeia agora recorre à tática da insolência para tumultuar audiências presididas por Sérgio Moro. Sem argumentos para defender um recordista em pilantragem, os bacharéis atacam o magistrado. Não argumentam, nem ponderam; provocam, debocham e mentem. O sonho dos rábulas é a prisão por desacato à autoridade, que seria apresentada como prova da alma truculenta do condutor da Lava Jato. O Brasil decente espera que Moro reabasteça o estoque de paciência, não caia na armadilha e espere o troco que inevitavelmente virá. Lula é réu em outros tribunais. A esperteza acabará reprisada diante de algum juiz federal que revidará o desaforo com a merecidíssima punição. Algumas horas de gaiola bastam para transformar o mais arrogante data vênia num cavalheiro exemplar.

Nesta segunda-feira, a ópera dos atrevidos recomeçou em Curitiba, durante a oitiva de Marilza da Silva Marques, engenheira responsável pelo atendimento a compradores de imóveis da OAS, que escoltou Marisa Letícia e seu filho Fábio Luís numa visita ao triplex do Guarujá. Na porta do edifício Solaris, mãe e filho foram recepcionados por Léo Pinheiro e Paulo Gordilho, executivos da construtora. A certa altura, o representante do Ministério Público Federal perguntou a Marilza como havia sido tratada pelos anfitriões a ex-primeira-dama: “como uma possível compradora do imóvel ou como uma pessoa para quem esse imóvel já havia sido destinado”? Argumentando que a opinião da depoente não tinha importância legal, os advogados interromperam a pergunta três vezes. E mais interrupções viriam se Moro não ordenasse a retomada do depoimento.

“Fica um protesto aqui de novo…”, insistiu Juarez Cirino. Moro qualificou de “inconveniente” a teimosia do advogado. A defesa não é inconveniente na medida em que estamos no exercício da ampla defesa”, replicou Cirino. O juiz avisou que a questão já fora indeferida. “Vocês não podem cassar a palavra da defesa”, desafiou o doutor, que desandou de vez ao ouvir do juiz que a lei lhe permitia confiscar a palavra de bacharéis inconvenientes. Segue-se a continuação do duelo:

Cirino: Não pode, porque estamos colocando uma questão muito importante, relevante, o procurador da República está pedindo a opinião da testemunha e ele não pode…

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Sergio Moro: Doutor, o senhor está sendo inconveniente. Já foi indeferida sua questão, já está registrada e o senhor respeite o juízo. 

Cirino: Eu, mas escute, eu não respeito Vossa Excelência enquanto não me respeita como defensor do acusado…

Sergio Moro (subindo a voz alguns decibéis): O senhor respeite, o senhor respeite o juízo. Já foi indeferido.

Cirino (no limite do berro): Vossa Excelência tem que me respeitar como defensor do acusado, aí então Vossa Excelência tem o respeito que é devido a Vossa Excelência, mas se Vossa Excelência atua como acusador principal, Vossa Excelência perde todo o respeito.

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Sergio Moro: Sua questão já foi indeferida, o senhor não tem a palavra…” (Voltando-se para a depoente). A senhora pode responder essa questão? Ela era tratada como adquirente em potencial ou uma pessoa à qual o imóvel já tinha sido destinado?

E então Marilza encerrou a história: “Tratada como se o imóvel já tivesse sido destinado”.

https://videos.abril.com.br/veja/id/801612f1c1beef1fed0a98d8a7c2565f?

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