Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Oliver: Calado é um poeta

VLADY OLIVER Impressionam alguns efeitos colaterais da trágica queda da ciclovia no Rio. Os corpos fotografados esperando reconhecimento, enquanto uma pelada de futebol seguia seu curso a metros de distância, evidenciam o profundo descaso com a vida alheia, especialmente por parte daqueles que deveriam cuidar da dignidade dos mortos.

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h55 - Publicado em 23 abr 2016, 07h06

VLADY OLIVER

Impressionam alguns efeitos colaterais da trágica queda da ciclovia no Rio. Os corpos fotografados esperando reconhecimento, enquanto uma pelada de futebol seguia seu curso a metros de distância, evidenciam o profundo descaso com a vida alheia, especialmente por parte daqueles que deveriam cuidar da dignidade dos mortos.

A demora no atendimento e a falta de algum procedimento de segurança em casos como o da ressaca que atingiu aquele costão são as cenas que primeiro saltam aos olhos. Aí um integrante do CREA, aquele órgão flácido que deveria cuidar da qualidade de seus profissionais e projetos, resolveu culpar “a onda centenária” pelo desabamento.

Confunde deliberadamente um conceito técnico – o da probabilidade de um evento extremo atingir uma determinada construção, o que deve ser levado em conta nos cálculos de sua estrutura – com a mitificação sem vergonha na cara causada pela semântica da coisa: uma onda monumental viria atingir de cem em cem anos as costas dos vigaristas que superfaturam essas picaretagens.

Continua após a publicidade

O fato é que a declaração ficou parecendo uma piada macabra. Se o cara sabe manusear os cálculos e projetos, não tem muita intimidade com a língua portuguesa. Deveria ficar calado, para não comer moscas e levar pedaladas nas ideias. Ou será que o governo e a prefeitura do Rio precisam de um “terremoto” devidamente encomendado, como aquele que os sismólogos da USP acharam na queda da barragem de Mariana?

É impressionante como esses “técnicos” logo arranjam um desculpa polida para as suas próprias concepções pilantras de controle de procedimentos, não é mesmo? Há algum tempo sugeri aqui mesmo que outro fator estaria associado ao aumento da contaminação pelo vírus Zika em áreas específicas do Nordeste. Parece que a falta de combate ao mosquito pelas administrações municipais estão na base da cadeia alimentar da vigarice, certo? Nem todos os mosquitos são Aedes Aegypti; nem todos Aedes são portadores do Zika.

O Brasil não foi capaz de produzir um MAPA – um simples mapa – da ocorrência da doença e do potencial e caminhos da contaminação de suas respectivas populações. Pelo contrário. Enfia tudo num mesmo balaio e procura fabricantes de aerossois para combinar a propininha básica pela compra massiva do produto. É vergonhoso. É asqueroso.

Um novo país precisa ser inaugurado urgente, meus amigos. De preferência um que não seja atingido tão facilmente por ondas centenárias e terremotos providenciados de véspera. De preferência um que mande para a picareta gente dessa laia. Vai trabalhar, vagabundo!!!

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.