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O deputado corrupto demorou um dia para descobrir que está a caminho da cadeia

O mensaleiro João Paulo Cunha demorou um dia para desistir da candidatura a prefeito de Osasco e cair fora da campanha eleitoral do PT. Enquanto a ficha não caiu, os companheiros sussurraram ─ com cara de enterro e voz de quem acha que o velório está demorando demais ─ o mantra de sempre: “É preciso […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 08h00 - Publicado em 30 ago 2012, 23h46

O mensaleiro João Paulo Cunha demorou um dia para desistir da candidatura a prefeito de Osasco e cair fora da campanha eleitoral do PT. Enquanto a ficha não caiu, os companheiros sussurraram ─ com cara de enterro e voz de quem acha que o velório está demorando demais ─ o mantra de sempre: “É preciso esperar a hora dele”.

Defunto não escolhe a hora de baixar à sepultura. Na quarta-feira, assim que terminou a sessão do Supremo Tribunal Federal, alguém deveria ter contado ao deputado corrupto que fora punido por 8 ministros com a espécie de morte política que nem um mercadante consegue revogar. Na hipótese mais branda, João Paulo iria amargar alguns anos de prisão em regime semiaberto.

Admita-se que o eleitorado de Osasco fosse composto majoritariamente por napoleões-de-hospício decididos a instalar no comando da administração municipal um bandido juramentado. Nesse caso, a cidade seria governada durante o dia por um prefeito obrigado a  recolher-se ao presídio no começo da noite e varar a madrugada numa cela.

O que era péssimo ficou pior nesta quinta-feira. Depois da leitura do voto do ministro Ayres Britto, o número de polegares para baixo subiu para 9 ─ e o vigarista já condenado por corrupção passiva e peculato foi enquadrado no artigo do Código Penal que trata do crime de lavagem de dinheiro, sobre o qual a ministra Rosa Weber ainda não se manifestou.

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Somadas, as penas impostas a quem comete essas três delinquências poderão garantir a João Paulo uma temporada na gaiola em regime fechado. É a chamada cana dura. Aparentemente, só quando soube disso João Paulo que um desvio na rota das urnas o depositara no caminho da cadeia.

A pedido da direção do PT, Lula prometeu aconselhar o companheiro de Osasco a esquecer a ideia de virar prefeito. Na conversa por telefone, é provável que o mestre tenha tentado consolar o discípulo com a reedição da lengalenga que o STF reduziu a piada de salão. A fila do cadafalso existe. Já existem cinco cabeças enfileiradas. Mas o mensalão nunca existiu.

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