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No Roda Viva, um balanço do primeiro turno das eleições

Cinco especialistas analisaram os recados emitidos pelas urnas neste começo de outubro

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h39 - Publicado em 4 out 2016, 19h50

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O Roda Viva temático desta segunda-feira fez um balanço do primeiro turno das eleições municipais. Os destaques do debate foram a derrocada nacional do PT e o desfecho da disputa pela prefeitura paulistana. A bancada de debatedores reuniu Antonio Lavareda (sociólogo e cientista político), Fátima Pacheco Jordão (socióloga especialista em pesquisa), Fernando Schuler (cientista político, professor do Insper e colunista da Revista Época), Gaudêncio Torquato (consultor político e professor de comunicação política da USP) e Marco Aurélio Nogueira (professor de ciência política da Unesp).

Confira algumas afirmações feitas pelos integrantes da bancada:

Antonio Lavareda

“O resultado deste primeiro turno encerrou o ciclo petista. Pela primeira vez desde sua criação o partido não chegou ao segundo turno em São Paulo. Além disso, ficou evidente a fragmentação do país e do poder político, uma vez que foram eleitos ou estão no segundo turno prefeitos de 17 partidos diferentes. Se isso não mudar até 2018, a Câmara será formada por ainda mais legendas do que acontece hoje”.

“Quanto mais o PT apostar na figura de Lula como trunfo eleitoral, mais a crise no partido vai se prolongar. O caminho para a renovação passa por um processo de identificação de uma figura que possa substituir o ex-presidente em 2018. Longe de ser uma solução, Lula hoje é um problema”.

Fátima Pacheco Jordão

“Essas eleições foram a última etapa de um processo que começou com as manifestações de junho de 2013, passou por um longo processo de impeachment e terminou nas urnas. O resultado redefiniu o quadro eleitoral e político. Também nunca se elegeu tantas mulheres vereadoras”.

“Embora tenham havido mudanças significativas, a quantidade de partidos que existem no Brasil não conseguiu desfazer a relação entre o resultado da disputa e o tempo de exposição dos candidatos durante a campanha”.

Fernando Schuler

“O Brasil fez um processo de impeachment em nome da responsabilidade fiscal. A sociedade brasileira mostrou que quer um novo tipo de política. O ciclo do populismo na América Latina está em crise”.

“Essa derrota pode ser pedagógica para o PT. Eles vão continuar com esse discurso do golpe? De que existe uma conspiração do Judiciário? Continuarão a ignorar leis básicas de responsabilidade fiscal? O discurso petista de que é preciso ‘voltar às origens do partido’ é a maior bobagem. É preciso andar para frente, não para trás”.

Gaudêncio Torquato

“O primeiro aspecto que chama atenção neste primeiro turno é o alto índice de votos brancos e nulos e a taxa de abstenção. Segundo, a vitória retumbante do PSDB no país todo. Terceiro, a extraordinária performance de João Doria, um novato na política. Ele saiu de 3% das intenções de voto e chegou a 53%. A própria campanha de João Doria não esperava esse resultado”.

“O PT não ganhou em nenhuma Zona Eleitoral de São Paulo, Lula não conseguiu eleger o filho vereador de São Bernardo, Jandira Feghali ficou em sétimo lugar no Rio de Janeiro, Raul Pont perdeu no Rio Grande do Sul. Isso deixa claro que os grandes derrotados nesta eleição foram o PT, Lula e Dilma Rousseff”.

Marco Aurélio Nogueira

“As eleições fecharam um capítulo e abriram outro, preocupante: a sociedade está desorientada politicamente, mal organizada, e continua em atrito com a política, em busca de lideranças que possam empolgá-la e de personagens que façam a diferença”.

“A derrota do PT não é apenas a derrota de um partido, mas de uma ideia. O que vai acontecer agora que o PT desidratou e abriu caminho para uma série de legendas que sempre militaram na esquerda, mas estiveram, de uma maneira ou de outra, subordinadas ao PT? O ambiente não é muito favorável a um discurso que não apresente uma inovação, uma formulação de esquerda democrática”.

Com desenhos em tempo real do cartunista Paulo Caruso, o programa foi transmitido ao vivo pela TV Cultura.

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