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Eliziário Goulart Rocha: O procurador se acha

Janot atropelou a Constituição, o bom senso e a lógica na condução do processo, e tudo isso sob olhares parceiros do Supremo

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 20h52 - Publicado em 23 Maio 2017, 09h34
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  • Um ex-presidente e candidato a Messias é hoje a viva alma mais enrolada do país e está totalmente desmoralizado. A ex-presidenta inocenta entrou para a posteridade como protagonista de memes e clássicos do YouTube. O atual presidente encontra-se embretado. Um dos principais postulantes ao cargo nas últimas eleições, também. O presidente do Senado é alvo de dois inquéritos. O presidente da Câmara não possui cacife para falar grosso e é um desconhecido nacional. Os ministros do Supremo não exibem o desejável espírito de equipe, no qual as discordâncias são apenas de natureza técnica, e vivem trocando farpas no horário nobre.

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    O Brasil, portanto, experimenta um tremendo vácuo de poder. Em momentos assim, figuras como o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tendem a se empolgar. Destinado a ser mero coadjuvante em uma democracia com a saúde menos precária, começou a se sentir grandão. Não é de hoje, mas vem crescendo no ritmo do encolhimento dos que não souberam se manter do tamanho de sua posição. O procurador agora se acha.

    É preciso aplicar o dito popular “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, e deixar um pouco de lado a batalha alimentada, por um lado, pela cegueira ideológica e, por outro, pelo medo de não parecer isento. Independentemente da culpa dos denunciados pelos Esleys Safadões, beneficiários da delação mais premiada da história – com direito a liberdade total, especulação bilionária à custa de sangria na economia nacional, vidão em Nova York e deboche da cara dos brasileiros honrados –, o fato é que Janot atropelou a Constituição, o bom senso e a lógica na condução do processo, e tudo isso sob olhares parceiros do Supremo. Em uma nação menos ressabiada, ainda mergulhada na era da inocência, talvez seus arroubos pudessem ser creditados à sede de justiça, ao senso do dever ou à paixão pela pátria. Nas atuais circunstâncias, soa mais como sede de poder, oportunismo e paixão desmedida por holofotes. Com as instituições e seus titulares enfraquecidos, falta quem coloque Janot em seu devido lugar.

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