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Celso Arnaldo e as reminiscências do neurônio solitário: ‘Meus três melhores amigos eram grandes amigos e amigas’

CELSO ARNALDO ARAÚJO Um Sanatório Geral esta semana deu conta de que o símbolo sexual de Dilma Rousseff era Che Guevara ─ revelação feita à revista Gloss de setembro, que inquiriu as duas candidatas, Dilma e Marina, sobre o que pensavam quando tinham entre 20 e 30 anos de idade. Pauta esquisita ─ mas reveladora. […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 14h17 - Publicado em 10 set 2010, 21h52

CELSO ARNALDO ARAÚJO

Um Sanatório Geral esta semana deu conta de que o símbolo sexual de Dilma Rousseff era Che Guevara ─ revelação feita à revista Gloss de setembro, que inquiriu as duas candidatas, Dilma e Marina, sobre o que pensavam quando tinham entre 20 e 30 anos de idade. Pauta esquisita ─ mas reveladora.

Se a escolha de Che como sex symbol parece ter sido marqueteiramente estudada ─ é mais provável que a escolha na época recaísse sobre Zé Dirceu, que então arrasava corações entre as revolucionetes brasileiras ─ as demais respostas de Dilma, quase sem exceção, indicam que, aos 20 anos, o pensamento da jovem idealista tinha a mesma consistência do da presidente pré-eleita.

Com vocês, Dilma Vana Rousseff, dos 20 aos 30:

Eu era….mais jovem

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Na minha casa…conspirava-se pelo país

Eu encanava com…ideias contra o povo

Tinha medo de…não conseguir mudar nada

Tinha mania de…buscar soluções

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Meus três melhores amigos eram…três grandes amigos e amigas

O amor era…lindo

Meu livro de cabeceira era…emprestado

No meu armário não faltava…conforto

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Minha balada preferida…. A Balada de Narayama

Meu maior fora foi…chegar na hora errada

O que eu mais ouvia….”calma”

Meu ponto fraco…é o meu ponto forte: não desistir

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Meu grande charme…você é quem diz

No chuveiro eu cantava….Granada

De madrugada eu….planejava

Eu tinha ilusão de…poder voar

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Se alguém dissesse que eu seria presidente…ficaria desconfiada da sanidade mental da pessoa

Na verdade, não são respostas de uma adolescente doidivana (perdoem o trocadilho), sem nada na cabeça além de um vago ideário de liberdade e igualdade. São respostas elaboradas por Dilma na condição de presidente pré-eleita do Brasil, com sua atual cabeça, para a menina que um dia foi.

Das duas uma ─ ou ela não evoluiu em 40 anos ou involuiu: como o questionário foi respondido pela sexagenária, é certo que as respostas da jovem Dilma tenham sido permeadas pela linguagem torturada e ausência absoluta de ideias da candidata que trocou Che Guevara por Luiz Inácio em seu coração.

Por uma via diferente ─ não mais um discurso ou uma entrevista desastrosa, mas uma espécie de Questionário de Proust para principiantes ─ Dilma não deixa a menor sombra de dúvida sobre sua desesperadora incapacidade de pensar o Brasil, sua gente e, pior, a si mesma.

A perigosa mente in albis de Dilma revela que ela era mais jovem aos 20 anos do que agora; que seus três melhores amigos eram três grandes amigos; que o amor era lindo; que, encanada com “ideias contra o povo”, foi a inspiradora de Márcia Goldschmidt (“mexeu com você, mexeu comigo”); que pedia livros emprestados mas não lia; que ironicamente cantava Granada no chuveiro enquanto planejava de madrugada atentados a bomba; que seu armário era confortável; que seu ponto fraco era ao mesmo tempo seu ponto forte; que seu grande charme está na cabeça de quem perguntou; e, finalmente, que desconfia da sanidade mental de quem consegue imaginá-la como presidente.

Verdade: somos todos sãos. Mas não estamos salvos.

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