O jornalista Celso Arnaldo Araújo, maior autoridade mundial em dilmês, acaba de descobrir na China um manuscrito que antecipou a inauguração da mais vistosa obra programada para o PAC 3: a suíte presidencial do Sanatório Geral. Segue-se, sem correções nem retoques, o texto do documento histórico :
“Agradeço ao governo e ao povo chinês essa magnífica descoberta e a preservação desse patrimônio da humanidade. A fantástica criação do exército de Terracota com guerreiros, generais, cavalos e carroças demonstra a imensa capacidade do povo chinês ao longo dos séculos. O povo brasileiro e o governo brasileiro dão seu apreço e sua homenagem a essa grande realização da humanidade pelo povo chines. Xian, 16/04/2011, Dilma Rousseff”.
O comentário do grande caçador de cretinices resume a excepcional relevância do achado:
Sensacional descoberta proto-arqueológica no livro de visitantes do parque do Exército de Terracota, em Xian: trata-se da primeira manifestação conhecida do dilmês escrito, idioma que se julgava extinto ou inexistente, a qual confirma e corrobora todas as pesquisas sobre a espantosa forma oral dessa linguagem única.
No dilmês escrito, ninguém cumprimenta; “dá apreço”. Ninguém manifesta admiração; “dá homenagem”. Na cabeça de Dilma, a humanidade e o povo chinês fazem coisas em parceria, o Exército de Terracota foi construído ao longo dos séculos e carruagem é carroça. Um bebê de colo, convidado a dizer o que achou da mesma visita, teria sido mais criativo, mais elegante, menos redundante, menos bisonho, menos obtuso.
Compreensivelmente emocionada, a direção do Sanatório declara inaugurada a suíte presidencial. Justificadamente aflito, o Brasil que pensa lembra que o governo de Dilma Rousseff mal passou de 100 dias. Oremos.