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Augusto Nunes

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“Mas é Carnaval” e outras seis notas de Carlos Brickmann

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann Chega de política, é Carnaval. Carnaval é nossa cultura, é nossa História. “Um lindo apartamento com porteiro e elevador/ e ar refrigerado para os dias de calor” – Aurora, Mário Lago e Roberto Roberti.

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h34 - Publicado em 7 fev 2016, 15h18
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  • Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

    Chega de política, é Carnaval. Carnaval é nossa cultura, é nossa História. “Um lindo apartamento com porteiro e elevador/ e ar refrigerado para os dias de calor” – Aurora, Mário Lago e Roberto Roberti.

    “Daqui não saio, daqui ninguém me tira” – Daqui não saio, Paquito e Romeu Gentil.

    “Mamãe, eu quero/ Mamãe, eu quero/ Mamãe, eu quero mamar” – Mamãe, eu Quero, Jararaca e Vicente Paiva.

    “Ei, você aí, me dá um dinheiro aí” – Me dá um dinheiro aí, dos irmãos Glauco, Ivan e Homero Ferreira.

    “Se a Polícia por isso me prender/ mas na última hora me soltar/ Eu passo a mão no saca, saca-rolha/ Ninguém me agarra/ Ninguém me agarra” – As águas vão rolar, Waldir Machado, Zé da Zilda e Zilda do Zé.

    “Tentando a subida desceu”, Conceição, Dunga e Jair Amorim.

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    “Não é ouro nem nunca foi/ a coroa que o rei usou/ é de lata barata, e olhe lá, borocochô” – A coroa do rei, Haroldo Lobo e David Nasser.

    “Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora” – Cielito lindo, Quirino Mendoza y Cortés, versão de Rubens Campos e Henricão.

    “Cai, cai, cai, cai/ quem mandou escorregar/ cai, cai, cai, cai/ eu não vou te levantar” – Cai, cai, Roberto Martins.

    “Agora é cinza/ tudo acabado e nada mais” – Agora é cinza, Bide e Marçal.

     

    O Brasil em verso e música

    Carnaval é cultura e História – por isso, é bom relembrar o nome e os autores dessas canções que, embora antigas, descrevem tão bem os fatos de hoje.

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    Bandeira branca

    Vale a pena prestar atenção não apenas naquilo que Gilberto Carvalho, um dos principais aliados de Lula, seu amigo de fé e irmão camarada, petista entre os petistas, diz sobre a situação. Vale a pena pensar sobre o real significado de suas palavras. Gilberto Carvalho diz que receber presentes de empreiteiras não compromete aquilo que considera a inatacável trajetória política do ex-presidente. Mas, quando lhe perguntaram se o ex-ministro José Dirceu também não teria sido comprometido, respondeu: “Não, o Dirceu eu não vou citar, o Dirceu é muito complexo para eu citar”. Até agora, Gilberto e Lula falaram a mesma língua. A maior diferença entre eles é que Gilberto pronuncia os plurais.

    Traduzindo, José Dirceu foi abandonado por Lula. E, portanto, pelo PT.

     

    Cada vez aumenta mais

    E, como é Carnaval, busquemos o que há de profundo nas declarações de Gilberto Carvalho na esplêndida marchinha de Frazão e Roberto Martins, sucesso de 1945, O Cordão dos Puxa-Saco: “Vossa Excelência, Vossa Eminência/ Quanta reverência nos cordões eleitorais/ Mas se o Doutor cai do galho e vai pro chão/ A turma logo evolui de opinião”.

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    Até José Dirceu, Capitão do Time, ficou muito complexo para ser defendido.

     

    A canoa virou

    Política é como nuvem, uma hora está de um jeito, no momento seguinte está de outro. Mas tudo indica que este ano será pouco produtivo. Agora é Carnaval, as manchetes são da Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, apesar de sua fenomenal resistência, dificilmente conseguirá mover-se no meio de tantos processos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, volta a enfrentar os fantasmas do passado, agora em fase de julgamento. Há as festas juninas, que esvaziam os plenários; há os Jogos Olímpicos logo depois; e as eleições municipais. Seja o ano produtivo ou não, porém, Dilma já teve uma boa amostra de seus problemas parlamentares: na primeira Medida Provisória do ano, foi derrotada com folga. Como diz a marchinha do grande João de Barro, “Menina, larga o remo/ pula nágua, marujada/ pula nágua, pula nágua/ que a canoa tá furada”.

     

    A fonte secou

    Dos partidos da base aliada, o PT votou com Dilma, o PMDB teve empate. O PP a derrotou por 21 deputados a cinco; o PR, por 18 a 10; o PTB, por 15 a 3. No PSD, cujo presidente Kassab é ministro das Cidades, Dilma apanhou por 22 a 1.

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    Quem sabe, sabe

    O PT tapou a boca de quem achava que era impossível substituir à altura seu inacreditável líder Sibá Machado. E tapou duas vezes: primeiro, ao encontrar um substituto perfeito para Sibá, o gaúcho Paulo Pimenta. Segundo, ao conseguir achar outro nome da mesma consistência, e que derrotou Paulo Pimenta na luta pela liderança. O novo Sibá Machado, igualzinho ao anterior, é o deputado baiano Afonso Florence. Aliás, Florence não é igual a Sibá: é um Sibá aperfeiçoado. Elegeu-se com doações das empreiteiras UTC e OAS, ambas participantes de praticamente tudo que está sendo investigado pela Operação Lava Jato; e também com doações do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli – um administrador que se notabilizou por assumir a empresa quando seu valor de mercado estava perto dos US$ 400 bilhões e por deixá-la com valor inferior a 10% do inicial.

    Mas tudo tem seu lado bom: se Florence chegou lá, Pimenta não chegou.

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