Assine VEJA por R$2,00/semana
Augusto Nunes Por Coluna Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

“Histórias que o tempo não apaga” e outras seis notas de Carlos Brickmann

A impressão é de que estávamos e estamos totalmente cercados pela corrupção em todos os níveis. Sempre foi o combustível para fazer andar as máquinas. Mas o combustível foi ficando cada dia mais caro. E inflamável

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h48 - Publicado em 8 Maio 2016, 09h10
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Publicano na Coluna de Carlos Brickmann

    Publicidade

    Quando nós o conhecemos, já era um cavalheiro de fina figura: bem vestido, de boa conversa, um verdadeiro sábio. Lia muito, em português, inglês, espanhol. Bilionário já nos primeiros anos de vida, discutia, contava os casos, emprestava os seus livros. E principalmente nos ensinava como é que os negócios funcionavam de verdade.

    Publicidade

    Dizia: “pois só essa tal de propina nos come boa parte dos rendimentos da empresa. Não há no mundo quem aguente tamanha despesa”.

    Bem mais recentemente, e agora já bem mais idoso, contou-nos que a coisa mudara. Claro, para pior, para mais. “Antigamente, se pagava uma propina geral, no valor de parte dos lucros da empresa. Agora temos sido obrigados a pagar quatro”. Uma para levar a obra. Duas, para remunerar quem libera o início do trabalho. Três, o justo pagamento de quem autoriza os primeiros pagamentos. E a quarta, do sujeito que se aproveita das leis em vigor para segurar o cheque de pagamento.

    Publicidade

    Sem propina, rendimento zero.

    Continua após a publicidade

    E por que ele continuou todo o tempo nos negócios? Talvez por acreditar que das fartíssimas tetas da propina sempre haveria algum a mais para engordar-lhe os lucros.

    Publicidade

     

    Destino e futuro

    Publicidade

    E há também o príncipe da gorjetaria, que montou uma estrutura destinada a, digamos, negócios. Propinas, subornos, presentes de bom preço, passeios maravilhosos a ofertar aos aliados de hábito. Construiu seus castelos e teve o mesmo destino dos outros: despesas diversas, imensas, com contadores, advogados, com gente que também traía empresas concorrentes. Agora, amarga ainda outras.

    Continua após a publicidade

    Por que correu tanto risco? Por achar que dinheiro para resolver seus problemas jamais lhes faltaria.

    Publicidade

     

    Prática Brasil

    Empresários menores entraram na luta e também acabaram moídos. Mas eles sabiam que o jogo era esse. Por que ficaram? Por que entraram? Por achar que as tetas eram tão fartas que o bom leite gordo jamais lhes faltaria.

    Continua após a publicidade

     

    Futuro e destino

    Os exemplos acima demonstram porque temos a impressão que estávamos e estamos totalmente cercados pela corrupção em todos os níveis. Sempre foi o combustível para fazer andar as máquinas. Mas o combustível foi ficando cada dia mais caro. E inflamável.

     

    Nomes aos bois

    Como a coisa começou a ficar tão feia que precisou mudar, e o cinto aperta, começaram a ser abertas novas perspectivas de negócios. Por exemplo, grandes e médios fazendeiros do Norte eram obrigados a vender seus bois apenas a uma empresa. Vendia para uma, perdia a outra, entre as duas maiores do mercado.

    Não é que agora podem vender aos dois?

     

    Jogo dos 7 erros

    Formação do governo Temer: Romero Jucá, Eliseu Padilha, Gilberto Kassab, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima, Renan Calheiros, integrantes do PP e base evangélica.

    Para ser igual, o que ─ ou quem ─ mais falta?

     

    Aos poucos, Brasil

    Este colunista promete ir voltando aos poucos e agradece sensibilizado as inúmeras manifestações de solidariedade e estímulo que tem recebido. Permanece no hospital depois do acidente doméstico que sofreu, e de onde escreve, mas animado com o novo Brasil que mal ou bem pode até ser que sim pode ser que não, apareça agora.

    Agora vai fazer igual ao Brasil, esperando também que melhore mais a partir desta próxima semana. O importante é não ficar parado. É andar para frente.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.