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Alberto Carlos Almeida Por Alberto Carlos Almeida Opinião política baseada em fatos
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Augusto Aras é muito melhor do que Rodrigo Janot

Talvez seja adequado avaliar o atual ocupante do cargo mais alto da PGR sob o ângulo de como ele lida com a Operação Lava Jato

Por Alberto Carlos Almeida Atualizado em 11 ago 2020, 11h44 - Publicado em 6 ago 2020, 15h53
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  • O jurista que ocupa a Procuradoria-Geral da República (PGR) pode ser avaliado sob diversos prismas. Do ponto de vista do controle que exerce sobre a Presidência da República, tomando a iniciativa de investigá-la a qualquer sinal de irregularidade, já houve no passado quem recebesse o apelido de engavetador geral da república. Esta alcunha coube a Geraldo Brindeiro no governo Fernando Henrique. Muitos hoje avaliam Aras desta mesma forma.

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    Talvez seja adequado avaliar o atual ocupante do cargo mais alto da PGR sob o ângulo de como ele lida com a Operação Lava Jato. Sabemos todos da importância do combate à corrupção que vem sendo feito no Brasil, não apenas por meio de ações de grande repercussão midiática, mas também resultado de inúmeros marcos legais aprovados nas últimas décadas que tornaram o setor público mais transparente e aumentaram bastante os controles sobre os administradores eleitos e não eleitos. A Lava Jato pode ser vista como resultado disso, talvez até mesmo um coroamento.

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    Por outro lado é notório que os operadores da Lava Jato foram longe demais na utilização de suas prerrogativas. Há indícios fortes de que foram feitas investigações ilegais, obtidas delações sob a pressão de versões civilizadas da tortura psicológica, processos andaram mais rápido do que seria normal e condenações foram realizadas sem o devido fundamento probatório. Mais do que isso, não são poucas as pessoas que hoje responsabilizam o estilo da Lava Jato por parte da profunda crise econômica e destruição de riqueza que vem assolando o Brasil.

    Sendo tudo isso verdade, e avaliando Rodrigo Janot e Augusto Aras em função de suas ações em face da Lava Jato, não resta uma conclusão possível a não ser admitir que a escolha de Bolsonaro para a PGR, sabendo ser ele um radical de direita sem compaixão pelas vidas perdidas na pandemia, foi muito melhor do que a indicação de Dilma. Política é assim, é mais complexa do que o maniqueísmo esquerda-direita permite antever.

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