Novo capítulo da briga Taxistas vs Uber
Uma nota técnica do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), entidade federal que visa zelar pela livre concorrência de mercado, indica que sindicatos de taxistas, e seus líderes, têm adotado posturas agressivas e proliferado ameaças a executivos e autoridades públicas com o objetivo de expulsar o Uber do Brasil. Indo além da violência, em si, […]
Uma nota técnica do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), entidade federal que visa zelar pela livre concorrência de mercado, indica que sindicatos de taxistas, e seus líderes, têm adotado posturas agressivas e proliferado ameaças a executivos e autoridades públicas com o objetivo de expulsar o Uber do Brasil. Indo além da violência, em si, tal conduta é tida como prática anticompetitiva – e, assim como os ataques, ilegal.
Alguns trechos da nota:
“(…) porque foram localizadas entidades representativas da categoria de táxis que estariam fomentando ou contribuindo para disseminar um clima de animosidade, o que estaria acarretando episódios sistêmicos de violência e ameaça coletivamente tomados como uma possível conduta anticompetitiva contra a Uber.”
“Em vez de continuar desencorajando e denunciando os episódios de violência em São Paulo, que continuaram a ocorrer, o presidente (Antônio Raimundo Matias dos Santos, o “Ceará”, do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi no Estado de São Paulo – Simtetaxis-SP) publicou um discurso investido em seu cargo fazendo apologia ao uso da violência para impedir a entrada da concorrente Uber, ameaçando inclusive as autoridades paulistas.”
“Simtetaxis-SP, que atualmente responde no presente feito apenas pela suposta prática de litigância anticompetitiva, também deve passar a responder pela suposta conduta de emprego de violência e grave ameaça, nos moldes da investigação contra seu presidente.”
No discurso de “Ceará”, citado acima, ele dizia o seguinte:
“Não brinque com essa categoria, respeito é bom e os taxistas merecem. (…) Não queira briga com esse presidente (do Simtetaxis-SP). (…) A Uber não vai trabalhar em São Paulo, (prefeito) Haddad. (…) Acabou a moleza, prefeito Haddad. Chega de palhaçada nessa cidade. Agora é cacete, prefeito. Ou regulamenta os aplicativos certos para trabalhar com táxi ou vão trabalhar fora dessa cidade.”
Acredito que o teor das mensagens já traduz, em muito, o clima agressivo fomentado pelos taxistas acima destacados pelo Cade. Como relatou reportagem recente de Veja, salta aos olhos notar como países burocráticos, corruptos e cuja mão do Estado pesa mais, têm tendência a condenar e resistir a inovações (usualmente, com atos violentos e arcaicos).
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