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Videoconferências constantes causam fadiga mental e física

Pesquisador afirma que o uso excessivo de plataformas como o Zoom pode prejudicar a saúde, mas aponta soluções para amenizar o problema

Por Sergio Figueiredo Atualizado em 26 mar 2021, 12h04 - Publicado em 25 mar 2021, 15h44

A pandemia fez com que as empresas acelerassem a implementação do home office, o que por sua vez levou os funcionários ao uso de plataformas de videoconferência, o que acabou causando um outro tipo de pandemia: fadiga mental e física provocada por horas de uso de Zoom, Google Meet e outros softwares dedicados à comunicação entre equipes.

Baseados em relatos de usuários e estudos anteriores à crise do novo coronavírus, o professor Jeremy Bailenson, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e a professora Anna Carolina Muller Queiroz, da Universidade de São Paulo e Stanford, decidiram pesquisar a fundo os efeitos das constantes videoconferências na vida de executivos que, isolados em casa, deixaram de ter interação presencial com os colegas.

Bailenson e Queiroz identificaram quatro efeitos nocivos da comunicação visual remota, para os quais oferecem solução ou, pelo menos, uma forma de amenizar o cansaço e a tensão provocados por uma tecnologia que parecia ficção científica vinte anos atrás. Suas sugestões são baseadas no uso da plataforma Zoom, provavelmente a mais popular da atualidade.

Falar em público é uma das maiores fontes de ansiedade no ser humano. Algumas pessoas simplesmente não se sentem à vontade diante de plateia ou muitos interlocutores. O stress aumenta em videoconferências e não há muito o que fazer quanto a isso. O contato olho a olho com diversas pessoas é extremamente exaustivo, mas é possível tornar a situação mais confortável afastando o monitor do usuário, usando um teclado auxiliar. Caso o usuário não tenha outro teclado, basta simplesmente minimizar a tela do Zoom, como se ela estivesse mais distante, criando uma espécie de espaço vital entre ele e a sala de reuniões.

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Outro problema que mina a confiança é o recurso de ver a si mesmo na tela, como se o usuário estivesse constantemente com um espelho virado para ele. Os pesquisadores recomendam desativar a opção de autorretrato no Zoom assim que o enquadramento tiver sido realizado.

Em reuniões normais, as pessoas se mexem: viram a cadeira de lado, mudam a postura, rabiscam algo no bloco de anotações e às vezes levantam para pegar um café. A videoconferência induz o usuário a ficar parado olhando para a tela, outro fator de fadiga, principalmente em reuniões mais longas. A recomendação aqui é ter uma câmera auxiliar posicionada ao lado do notebook, na diagonal. Isso confere espaço para se movimentar um pouco no escritório, sem sair do campo de visão da câmera.

Por fim, recomenda-se também ficar apenas no modo áudio por alguns instante durante longas reuniões. As habilidades cognitivas do ser humano permitem que ele detecte expressões do interlocutor instintivamente: um sinal de aprovação ou reprovação, por exemplo. No entanto, na videoconferência, o usuário é forçado a se concentrar em cada retângulo da tela para captar esses mesmos sinais. Bailenson e Queiroz sugerem simplesmente desligar a câmera e se afastar um pouco do computador, dando, por exemplo, uma volta pelo home office. A breve desconexão reaviva a capacidade cognitiva, elevando naturalmente os níveis de atenção do usuário, fundamental para a sobrevivência e boa performance no mundo corporativo.

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