Um rinoceronte branco do norte morre. Agora, só restam 5
Caçada pelo alto valor de seu chifre, a rara subespécie está à beira da extinção
Um dos seis últimos rinocerontes brancos do norte do mundo morreu no fim de semana no zoológico de San Diego, nos Estados Unidos, deixando a espécie ainda mais próxima da extinção. O animal, que se chamava Angalifu, tinha 44 anos e apresentava problemas relacionados à idade avançada.
“A morte de Angalifu é uma perda tremenda para todos nós”, disse Randy Rieches, curador dos mamíferos do zoológico. “Não somente porque ele era muito querido aqui, mas também porque sua morte deixa esta espécie maravilhosa um passo mais perto da extinção.”
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Com a morte de Angalifu, restam apenas cinco indivíduos da espécie ainda vivos no planeta: uma fêmea idosa no zoológico de San Diego, outra em um parque na República Tcheca e três (duas fêmeas e um macho) em liberdade em uma reserva no Quênia. Os especialistas monitoram constantemente esses três indivíduos e torcem para que o macho, agora o único de sua espécie, consiga se reproduzir com alguma das duas fêmeas e, dessa forma, evite a extinção por pelo menos mais uma geração.
Caminho para a extinção – O rinoceronte branco do norte é uma subespécie do rinoceronte branco, e desapareceu devido ao alto valor atribuído a seu chifre e às guerras que ocorreram em torno do seu habitat, segundo a organização World Wildlife Foundation (WWF). A população de 2 mil indivíduos nos anos 1960 caiu drasticamente para apenas 15 vinte anos depois. A queda nos números também elevou o valor do seu chifre no mercado negro, motivo que, aliado à difícil reprodução da espécie, minou as tentativas dos veterinários de salvar o animal.
(Com agências EFE e AFP)