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Toda a frota A380 será inspecionada por fissuras na asa

Por Por Delphine TOUITOU
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h46 - Publicado em 8 fev 2012, 10h43

A Agência Europeia de Segurança Aérea (Aesa) recomendou nesta quarta-feira a inspeção de 67 aviões do modelo Airbus A380, atualmente em serviço em todo o mundo, devido à descoberta de fissuras nas asas de algumas aeronaves, anunciou à AFP um porta-voz da agência.

Em 20 de janeiro, a Aesa já havia ordenado uma inspeção preliminar em cerca de 20 aviões com muitas horas de voo acumuladas (pelo menos 1.300), após a descoberta de micro-fissuras em uma peça (suporte) da asa.

“Com o resultado desta primeira revisão, decidimos expandir a inspeção para toda a frota em circulação, isto é, para todas as aeronaves, independentemente do número de voos já realizados”, declarou o porta-voz.

“A ideia é assegurar que não existe qualquer tipo de problema relacionado à segurança das aeronaves”, explicou.

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Uma nova diretriz de aeronavegabilidade será publicada ainda hoje, detalhando os procedimentos de inspeção.

A primeira avaliação consistia “em uma inspeção visual detalhada”, disse o porta-voz. “A nova está baseada em um método dito utilizando as correntes de Foucault: a ideia é gerar um campo magnético de certa intensidade. Se a peça (do avião) não tiver nenhum problema, o campo magnético ficará estável”.

Em outras palavras, a nova inspeção permitirá detectar eventuais falhas invisíveis a olho nu.

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O porta-voz ressaltou que a agência europeia realiza uma “abordagem gradual”.

“Nós queremos recolher todas as informações possíveis para tomarmos medidas a longo prazo mais apropriadas”, insistiu.

A agência poderá decidir fazer novas inspeções a cada x número de voos.

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– “Segurança do avião não afetada” –

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Sobre a nova inspeção, ele afirmou que não será feita de forma urgente. Os aviões com menos horas de voo poderão até ser inspecionados durante a manutenção de rotina.

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Entre as 20 aeronaves que devem ser analisadas inicialmente, oito realizaram mais de 1.800 voos.

As inspeções mais urgentes vão ser feitas em seis aviões da Singapore Airlines e dois da Emirates, companhia com sede em Dubai.

A Airbus respondeu imediatamente reafirmando que “a segurança do avião não foi afetada”. As companhias reiteraram dizendo que não existe risco para a segurança dos passageiros.

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Nesta quarta-feira, a companhia australiana Qantas paralisou um de seus Airbus A380 por causa das micro-fissuras na asa do Superjumbo, sem contudo, prejudicar a segurança dos vôos.

A Aesa não fez comentários a respeito desse problema.

O A380 é o maior avião comercial do mundo, capaz de transportar mais de 500 passageiros e até mesmo mais de 800, caso seja configurado apenas para a classe econômica.

O início das operações do modelo foi marcado por muitos problemas de montagem, que por muito tempo causaram prejuízos para a sua empresa-mãe EADS. Ele finalmente foi encomendado em outubro de 2007, com vários anos atraso, pela companhia Singapore Airlines.

O primeiro incidente grave envolvendo o modelo ocorreu no final de 2010: a Qantas paralisou a sua frota para verificar os seus seis A380, após a explosão de um motor Rolls-Royce em 4 de novembro, que obrigou um dos seus aviões fazer um pouso de emergência em Cingapura.

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