Uma nova imagem obtida pelo Observatório de La Silla, instalado no Chile, mostra detalhes da Nebulosa da Gaivota. Desta vez, os astrônomos conseguiram fotografar uma região conhecida como Sharpless 2-292, que corresponde à cabeça da ave (veja imagem acima). Ao centro – o olho da gaivota, para os astrônomos – brilha uma estrela jovem muito quente conhecida como HD 53367. A imagem foi captada pelo instrumento Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO, instalado no Chile e operado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO).
Nebulosas são nuvens de poeira e gases onde novas estrelas se formam. Essa nuvens intelestares costumam apresentar diferentes cores e formatos, o que dispara a imaginação dos astrônomos. No caso da Nebulosa da Gaivota, os cientistas enxergaram uma ave de asas abertas em meio à poeira e às estrelas em formação (veja imagem abaixo). Conhecida formalmente como IC 2177, essa nebulosa tem extensão de mais de 100 anos-luz e está localizada a cerca de 3.700 anos-luz da Terra, na fronteira entre as constelações do Unicórnio e do Cão Maior.
Por dentro da gaivota – O complexo de gás e poeira que forma a cabeça da gaivota brilha intensamente por causa da radiação ultravioleta emitida pela estrela HD 53367 – de massa vinte vezes maior que a do Sol. Ela tem uma estrela companheira um pouco menor, de massa “apenas” cinco vezes maior que a do Sol, com uma órbita extremamente elíptica.
Segundo os pesquisadores, a radiação emitida pelas estrelas jovens faz com que o hidrogênio gasoso da nebulosa brilhe em um vermelho vivo. Já a radiação emitida por outras estrelas azuis-esbranquiçadas é dispersada pelas pequenas partículas de poeira presentes na nebulosa, criando um nevoeiro azul contrastante em algumas partes da imagem.
O vídeo abaixo traz uma sequência com imagens gerais da Via Láctea, antes de se aproximar para mostrar os detalhes da Nebulosa da Gaivota:
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