Telescópio fotografa “maternidade de estrelas”
Nova imagem das nuvens cósmicas na constelação de Órion capta brilho de grãos de poeira interestelar que não pode ser visto pelo olho humano
Uma imagem divulgada nesta quarta-feira pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) mostra nuvens cósmicas da constelação de Órion que se parecem com uma fita flamejante. O registro foi feito pelo telescópio APEX (Atacama Pathfinder Experiment), operado pelo ESO no Chile.
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CONSTELAÇÃO DE ÓRION
Órion representa um caçador da mitologia grega. A constelação se localiza próximo ao equador celeste. A maior parte de suas estrelas mais brilhantes são supergigantes azuis, que podem chegar a ter 100 vezes a massa do Sol e costumam durar pouco tempo, até “apenas” 10 milhões de anos. Dentro de Órion estão as Três Marias, que ficam no centro da constelação, formando um cinturão.
A imagem mostra parte da Nuvem Molecular de Órion, região de nebulosas brilhantes, estrelas quentes jovens e nuvens de poeira fria, situada a cerca de 1.350 anos-luz da Terra. O brilho laranja da imagem representa a radiação emitida pelos grãos de poeira interestelar, fora do espectro da luz visível.
A grande nuvem brilhante da imagem (no alto à direta) é a Nebulosa de Órion, também conhecida como Messier 42. É o local mais próximo da Terra onde se formam estrelas de grande massa. As nuvens de gás e poeira interestelar são a matéria prima desta enorme “maternidade estelar”. Devido à gravidade e aos ventos estelares, essas nuvens podem ter diversas formas, como filamentos ou bolhas.
Os astrônomos utilizam dados coletados pelo telescópio APEX e outros observatórios e agências espaciais para procurar protoestrelas (estrelas em fase inicial de formação) na região de Órion. Até agora foram identificados 15 objetos desse tipo. Entre eles, acredita-se que estejam as protoestrelas mais jovens já encontradas.
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