SpaceX lança foguete mais poderoso do mundo, mas perde contato com a nave
Segundo teste integrado foi considerado bem-sucedido
A SpaceX, empresa espacial de Elon Musk, fez um lançamento de testes do Starship, foguete mais poderoso do mundo. A nave deixou a base de Boca Chica, no Texas, por volta das 10h, no horário de Brasília, e conseguiu chegar com sucesso ao espaço pela primeira vez, mas empresa diz ter perdido o contato após a separação dos estágios.
Starship liftoff in slow motion pic.twitter.com/PuWMVyU6Lc
— SpaceX (@SpaceX) November 18, 2023
O lançamento foi considerado bem-sucedido, pois a nave conseguiu subir cerca de 150 quilômetros. A separação dos dois estágios também ocorreu como planejado, mas a conexão com o segundo módulo da nave foi perdida 10 minutos após o lançamento. Os engenheiros dizem acreditar que ele se perdeu no espaço. “O que fizemos hoje fornecerá dados inestimáveis para continuar o rápido desenvolvimento da Starship”, afirmam os porta-vozes da SpaceX, em comunicado.
O principal objetivo desses ensaios é conseguir fazer o lançamento, a separação, um voo ao redor da Terra e uma posterior reentrada na atmosfera. Essa é a segunda vez que um teste integrado é realizado. O primeiro aconteceu em abril, quando, apesar de também considerado bem-sucedido, o foguete explodiu durante a separação dos dois módulos, cerca de quatro minutos após a partida.
Com 120 metros de altura, 33 motores no módulo de propulsão e 6 na espaçonave, o foguete é o maior do mundo e foi projetado para levar humanos para a Lua e para Marte. Assim como seu antecessor, o Falcon 9, o Starship também foi construído com materiais reutilizáveis, capazes de voltar à Terra após a viagem espacial.
O sucesso do foguete é mais que aguardado, pois poderá baratear futuras viagens espaciais. Cinco décadas após o homem pisar na Lua pela última vez, vários países voltaram os seus interesses para o satélite. Estados Unidos e China, em espacial, travam uma nova corrida espacial e pretendem, além de colocar astronautas em solo lunar novamente antes do final desta década, montar bases permanentes de exploração espacial no satélite. Ambos os países também almejam levar humanos à Marte.