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Sonda atmosférica é causa provável do acidente que matou Gagarin, diz documento secreto

Rússia abre arquivos sobre acidente de avião que matou piloto russo, sete anos após tornar-se o primeiro homem a viajar até o espaço

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h09 - Publicado em 8 abr 2011, 20h39

Uma sonda atmosférica é a causa provável da morte de Yuri Gagarin, em 1968, em um acidente com o avião MiG que pilotava, sete anos depois de se tornar o primeiro homem a voar ao espaço. Segundo documentos divulgados nesta sexta-feira, o piloto teria feito uma manobra brusca para desviar do objeto, o que teria provocado o desastre. O caso havia sido classificado como “segredo de Estado” pelas autoridades soviéticas.

No dia 27 de março de 1968, no comando de um MiG-15 bimotor de treinamento e acompanhado por um instrutor, Vladimir Seryogin, Gagarin se acidentou no nordeste de Moscou, em circunstâncias não esclarecidas.

Num momento em que a Rússia festeja com grande pompa os 50 anos do voo de Gagarin ao espaço, no dia 12 de abril de 1961, o chefe dos Arquivos do Kremlin, Alexandre Stepanov, leu em entrevista à imprensa um documento sobre a investigação que estava guardada a sete chaves. “Conclusões da comissão: segundo as análises das circunstâncias do acidente aéreo e os elementos da enquete, a causa mais provável da catástrofe seria uma manobra brusca (do piloto) para evitar uma sonda atmosférica”. Depois acrescentou: “Ou, talvez, o que é menos provável, para evitar entrar numa camada de nuvens.” A manobra teria desestabilizado a aeronave.

Outra funcionária, a vice-diretora dos arquivos estatais científicos, Larisa Uspenskaia, destacou que “mais de 200 documentos e processos haviam sido desarquivados”, por ocasião dos 50 anos do voo de Yuri Gagarin.

Complô da KGB – A manutenção do segredo desde a época soviética sobre as causas da morte de Gagarin gerou os mais diversos rumores, desde um complô da KGB à hipótese de Gagarin estar embriagado.

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Como sinal da importância do caso, as conclusões haviam sido inscritas num decreto do Comitê Central do Partido Comunista da então União Soviética (URSS), datado de 28 de novembro de 1968, com o selo de “segredo de Estado”.

Alguns mencionaram a manobra de um segundo avião, que teria desestabilizado o MiG-15 de Gagarin, e outros, um problema técnico com o próprio aparelho. Os que optaram pela tese de complô afirmaram que Yuri Gagarin pode ter sido vítima da KGB ou de outros serviços secretos da época. Outros diziam que o cosmonauta, piloto de formação, muito ocupado com o título de herói e seu papel de propagandista da União Soviética, poderia ter perdido sua habilidade para voar neste tipo de aparelho.

“Espero que ponham um ponto final às numerosas especulações que circulam na Rússia em livros pseudo-históricos”, declarou Stepanov nesta sexta-feira. O subchefe da agência espacial russa Roscosmos, Vitali Davydov, afirmou que todos os documentos disponíveis sobre o assunto foram desarquivados. No entanto, “não encontramos alguns deles”, admitiu.

(Com AFP)

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