Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Seu filho não quer comer? Razão pode ser genética

Segundo um novo estudo, tendência infantil de selecionar e recusar novos alimentos é, em grande parte, inata

Por Da redação
Atualizado em 14 out 2016, 19h10 - Publicado em 14 out 2016, 17h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Os pais de crianças que fazem birra à mesa podem respirar aliviados. De acordo com a ciência, a tendência infantil de selecionar a comida e recusar alimentos novos é moldada pela genética – e não apenas pela educação familiar. Estudo publicado nesta sexta-feira no Journal of Child Psychology and Psychiatry revela que 58% da responsabilidade pela atitude de recusar ingredientes desconhecidos é dos genes e, em relação ao hábito infantil de selecionar a comida, quase metade (46%) pode ser atribuída à genética.

    Publicidade

    Leia também:
    Cientistas encontram 74 genes relacionados ao desempenho escolar
    Como a genética pode ser responsável pela idade da primeira relação sexual 

    “Estabelecer uma influência genética substancial para essas duas atitudes pode ser um alívio e tanto para os pais, pois eles costumam se sentir julgados ou culpados porque seu filho não come. Compreender que essas atitudes são, em sua maior parte, inatas, pode ajudar a amenizar a culpa”, afirma a cientista Andrea Smith, da Universidade College London, na Inglaterra, e uma das autoras do estudo, em comunicado.

    Publicidade

    Genética e alimentação

    Para analisar como o DNA influencia os hábitos alimentares das crianças, pesquisadores da Grã-Bretanha e Inglaterra estudaram quase 2.000 famílias britânicas com filhos gêmeos de um ano e quatro meses. Irmãos gêmeos oferecem uma excelente base para análises genéticas, pois os gêmeos idênticos têm o mesmo DNA, como clones, enquanto gêmeos fraternos têm cerca de metade dos genes diferentes. Os cientistas pediram que os pais respondessem um questionário sobre o comportamento dos filhos à mesa e analisaram o mapa genético das crianças. Comparando os resultados dos gêmeos idênticos com os dos gêmeos fraternos, os cientistas conseguiram separar o que é influência genética ou ambiental (como educação ou ambiente social, por exemplo).

    Os resultados mostraram que os genes têm um papel-chave no modo como as crianças se relacionam com a comida quando ainda são muito jovens. Contudo, explicam os pesquisadores, o achado não significa que o modo como os pais cuidam da alimentação dos filhos não tenha influência na forma como as crianças comem – é preciso, porém, considerar o alcance do DNA nos hábitos infantis.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    “Os genes não são o nosso destino. Conhecemos muitos hábitos com uma forte base genética que podem, mesmo assim, serem alterados, como o peso. Seria muito útil que futuras pesquisas identiquem os fatores ambientais mais importantes para o hábito de selecionar os alimentos e rejeitar ingredientes desconhecidos em crianças. Assim eles podem ser um bom alvo para a mudança do comportamento”, afirmou Clare Llewelly, pesquisadora da Universidade College London e uma das autoras do estudo.

    Jovens e crianças de mais idade já foram alvo do mesmo tipo de análise por outros cientistas, mas os autores do novo estudo acreditam que ele traz outro olhar sobre o assunto, mostrando que os genes têm peso na decisão alimentar dos seres humanos desde a infância.

    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.