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Próteses egípcias são as mais antigas já encontradas

Dois dedos, um de madeira e outro de gesso, eram usados há 2.600 anos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h10 - Publicado em 14 fev 2011, 21h29
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  • Dois dedos artificiais com mais de 2.600 anos de idade são confirmados como as as próteses mais antigas já encontradas. A descoberta desbanca a Perna Capua, uma perna artificial romana feita de bronze com cerca de 2.300 anos, considerada a prótese mais antiga até então. A pesquisa foi publicada no periódico médico britânico The Lancet.

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    Em 2007, enquanto estudava partes falsas em corpos de múmias, a egiptóloga Jacky Finch, da Universidade de Manchester (Inglaterra), percebeu que dois dedos falsos foram elaborados com detalhes diferenciados em vez dos materiais comuns às práticas egípcias. O primeiro dedo, datado em 600 a.C. e encontrado há 130 anos perto da cidade de Luxor (Egito), foi feito com fibras, cola animal e revestido de gesso colorido. O segundo, chamado Dedo do Cairo é datado entre 950 e 7501 a.C. e foi encontrado em 2000. Ele foi elaborado com três peças misturando madeira, couro e uma dobradiça que imita a flexibilidade das juntas dos pés.

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    Adornos para o além – Os egípcios tentavam garantir com que os corpos dos falecidos chegassem à vida após a morte da forma mais completa possível. Se algum membro do corpo estivesse faltando ou muito machucado, ele era substituído por partes simples feitas de palha, fibra, lama e manteiga.

    As próteses mostravam sinais de desgaste, o que aumentou as suspeitas de que eram utilizadas em vida ()

    Os dedos encontrados por Jacky, contudo, não aparentavam ser apenas adornos para o além-morte. Feitos com materiais diferenciados, eles mostravam sinais de desgaste, como se os donos os tivessem usado enquanto vivos. Por isso, ela construiu réplicas dos dedos falsos e as testou em dois voluntários que não tinham o dedão do pé direito.

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    Resultado – Os amputados tiveram a pressão gerada pelo caminhar registrada e câmeras analisaram a marcha e o movimento das juntas. Confirmando a hipótese da pesquisadora de que os dedos falsos teriam sido próteses utilizadas em vida, os voluntários conseguiam movimentar os pés do mesmo jeito que pessoas que possuem todos os dedos o fazem.

    Para serem consideradas próteses, os dedos falsos não poderiam se quebrar enquanto eram utilizados e deveriam se adaptar ao formato do corpo sem deformá-lo. De acordo com a pesquisadora, as duas próteses preencheram os critérios. Jacky chegou à conclusão de que o dedo de madeira é mais confortável enquanto o outro proporciona mais mobilidade.

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    A prótese mais antiga até então, a italiana Perna Capua, foi destruída durante a II Guerra Mundial. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Jacky disse que o estudo sugere que os dois dispositivos podem ser considerados como próteses. “Sendo assim, parece que esse ramo da medicina nasceu com os egípcios e não com os italianos”, disse.

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