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Primeiros humanos exploraram a Ásia antes de dominar o mundo, diz estudo

Uma única onda de migração deu origem à população mundial

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 jun 2023, 12h58 - Publicado em 15 jun 2023, 12h38

Todas as pessoas que você já viu, primos, amigos, desconhecidos do ônibus ou da televisão, derivam de um único grupo de seres humanos que migrou da África há 60 mil anos atrás e teve sucesso em dominar o mundo. No entanto, um estudo publicado nesta terça-feira, 13, sugere que as explorações para além do continente-mãe começaram milênios antes disso. 

Pesquisadores em Laos, no sul da Ásia, encontraram ossos de humanos na caverna de Tam Pà Ling, na região nordeste do país, que datam de 86 a 68 mil anos atrás. A descoberta, publicada na revista científica Nature Communications, leva à conclusão de que grupos de humanos começaram a emigrar do continente africano muito antes da onda que dominou a Terra ter início. 

A geocronologista Kira Westaway, uma das co-autoras do estudo, afirmou a Science que algumas pessoas podem argumentar que esse grupo foi malsucedido, afinal, eles não fazem parte do mesmo que deu origem a toda a humanidade, “mas isso não descarta o fato de que eles estavam lá. Ainda é uma conquista incrível.”

 

ARQUEOLOGIA - diferentes ângulos do osso frontal, da região entre testa e olhos, encontrado na caverna
ARQUEOLOGIA – Diferentes ângulos do osso frontal, da região entre testa e olhos, encontrado na caverna (Freidline et al, 2023/Nat Commun/Divulgação)

De fato, chegar tão longe do seu continente natal era um feito surpreendente para a época. Outros estudos já haviam feito inferências semelhantes, mas todos eles foram contestados em algum momento por utilizarem metodologias questionáveis.  

A técnica empregada neste trabalho é chamada de luminescência opticamente estimulada e ela consegue avaliar qual foi a última vez que um material foi exposto à luz. Em ambientes com maior movimentação, esse método não seria preciso, mas essa é uma caverna não habitada onde, anualmente, novas camadas de sedimento se depositam, protegendo o depósito. Não obstante, os cientistas analisaram os ossos de animais encontrados na mesma camada utilizando outras técnicas, o que torna o resultado ainda mais confiável. 

Nas próximas etapas, o grupo irá procurar traços de DNA preservado, de humanos, animais ou até plantas, para ajudar a compreender melhor como era o cenário quando esses seres ancestrais habitaram a região.

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