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Prepare-se para a melhor chuva de meteoros do ano

O fenômeno Geminídeas será visível em todo o Brasil a partir das 2h da segunda-feira (14), com uma frequência de até 120 meteoros por hora

Por Gabriela Neri
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h00 - Publicado em 11 dez 2015, 08h14

Na noite deste sábado (13) para domingo (14) acontece o apogeu da melhor chuva de meteoros do ano. O fenômeno Geminídeas, visível mundialmente, poderá ser observado em todos os Estados do Brasil a partir das 2h até as 4h, na direção Leste do céu. “Esta costuma ser uma das chuvas de meteoros mais intensas do ano, em que poderemos ver até 120 meteoros por hora na noite de maior visibilidade”, explica Daniel Mello, astrônomo do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Os meteoros da Geminídeas são pedaços de um corpo celeste chamado 3200 Phaeton, que cruza a órbita da Terra a cada um ano e meio. “Phaeton era um cometa que, possivelmente, perdeu todo o seu gelo no passado por causa das muitas passagens pelo Sol. Por isso, não forma mais uma bela cauda e possui o aspecto de um asteroide, formado apenas por material rochoso”, afirma Mello.

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Desde o século XIX, todos os anos, os destroços desse corpo celeste parecem “despencar” da Constelação de Gêmeos, daí seu nome. Quando foi vista pelas primeiras vezes, era pouco brilhante e não chamava muita atenção, mas, com as passagens sucessivas pelo Sol, a quantidade de partículas que se desprenderam do 3200 Phaeton foi aumentando e o fenômeno se tornou uma das mais importantes chuvas de meteoros do ano. Este ano, ela acontece entre 4 e 16 de dezembro.

De acordo com Mello, a alta frequência dos meteoros – dois por minuto – e a baixa velocidade com que parecem cair no céu, possibilitam a boa observação. No entanto, céu limpo e escuro é condição essencial para a visualização.

Para observar – Os meteoros se tornam visíveis ao entrar em atrito com a atmosfera. Com o choque, são vaporizados e brilham. Por isso, quanto menos iluminação no céu, melhor a observação. Os astrônomos aconselham que a visualização seja feita longe de grandes centros urbanos, para evitar a poluição luminosa e atmosférica que atrapalham o fenômeno.

“Chuvas de meteoros são visíveis ao longo de grandes áreas no céu. Isso torna desaconselhado o uso de binóculos ou lunetas, pois esses instrumentos limitam muito o campo de visão. O melhor é observar a Geminídeas a olho nu”, diz Roberto Costa, astrônomo do Instituto de Astronomia, Geografia e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP).

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Além disso, este ano, a luminosidade da Lua, em sua fase nova, não deve atrapalhar quem quiser observar a chuva de meteoros. A previsão do tempo também deve ajudar: neste domingo, estão previstas pancadas de chuva no final da tarde e início da noite nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte e tempo firme e céu claro na região Nordeste.

Dica para as fotos – Há uma maneira de fazer com que as imagens da chuva de meteoros fiquem ainda mais incríveis: “Deixe uma câmera digital posicionada para a Constelação de Gêmeos – direção Leste do céu – e faça vídeos durante a ocorrência do fenômeno para registrar as estrelas cadentes. Isto pode ser feito por qualquer amador e os resultados podem ser bem legais”, disse Mello.

Para quem não conseguir observar a chuva de meteoros, a Nasa fará uma transmissão, ao vivo, pela Nasa TV e também por seu canal de streaming. O evento será gravado pelo sistema de câmeras da agência espacial, nos Estados Unidos, e será divulgado em conjunto com entrevistas de cientistas que falarão sobre a Geminídeas.

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