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1. O Very Large Telescope na plataforma de observação do Paranal. Os telescópios podem trabalhar juntos em grupos de dois ou três gerando imagens 25 vezes mais detalhadas que os telescópios individuais conseguem produzir.
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O Very Large Telescope na plataforma de observação do Paranal. Os telescópios podem trabalhar juntos em grupos de dois ou três gerando imagens 25 vezes mais detalhadas que os telescópios individuais conseguem produzir.
(Iztok Boncina/ESO/)
O Very Large Telescope na plataforma de observação do Paranal. Os telescópios podem trabalhar juntos em grupos de dois ou três gerando imagens 25 vezes mais detalhadas que os telescópios individuais conseguem produzir.
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2. Plataforma onde estão os telescópios do Very Large Telescope, logo após o pôr do sol.
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Plataforma onde estão os telescópios do Very Large Telescope, logo após o pôr do sol.
(ESO/H.H.Heyer/)
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Plataforma onde estão os telescópios do Very Large Telescope, logo após o pôr do sol.
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3. Um raio laser é emitido pela unidade do Very Large Telescope, o mais importante do Observatório Europeu do Sul. O raio é usado para criar uma estrela artificial no céu para ajudar nos cálculos que reduzem os disturbios causados pela atmosfera terrestre na luz que vem do espaço.
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Um raio laser é emitido pela unidade do Very Large Telescope, o mais importante do Observatório Europeu do Sul. O raio é usado para criar uma estrela artificial no céu para ajudar nos cálculos que reduzem os disturbios causados pela atmosfera terrestre na luz que vem do espaço.
(ESO/Y. Beletsky/)
Um raio laser é emitido pela unidade do Very Large Telescope, o mais importante do Observatório Europeu do Sul. O raio é usado para criar uma estrela artificial no céu para ajudar nos cálculos que reduzem os disturbios causados pela atmosfera terrestre na luz que vem do espaço.
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4. A imagem mostra, ao centro, o espelho principal do Very Large Telescope, com mais de oito metros de diâmetro.
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A imagem mostra, ao centro, o espelho principal do Very Large Telescope, com mais de oito metros de diâmetro.
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(ESO/)
A imagem mostra, ao centro, o espelho principal do Very Large Telescope, com mais de oito metros de diâmetro.
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5. A imagem mostra dois dos telescópios auxiliares do VLT em frente a duas unidades principais, na plataforma de observação do Observatório do Paranal, Chile.
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A imagem mostra dois dos telescópios auxiliares do VLT em frente a duas unidades principais, na plataforma de observação do Observatório do Paranal, Chile.
(ESO/H.H.Heyer/)
A imagem mostra dois dos telescópios auxiliares do VLT em frente a duas unidades principais, na plataforma de observação do Observatório do Paranal, Chile.
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6. Vista da sala de controle do Observatório do Paranal. Todas as observações são feitas deste prédio. A construção fica abaixo da plataforma de observação do Paranal. Cada um dos quatro telescópios principais é controlado por uma área específica na sala de controle.
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Vista da sala de controle do Observatório do Paranal. Todas as observações são feitas deste prédio. A construção fica abaixo da plataforma de observação do Paranal. Cada um dos quatro telescópios principais é controlado por uma área específica na sala de controle.
(ESO/)
Vista da sala de controle do Observatório do Paranal. Todas as observações são feitas deste prédio. A construção fica abaixo da plataforma de observação do Paranal. Cada um dos quatro telescópios principais é controlado por uma área específica na sala de controle.
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7. Imagem da fachada da Residência Paranal, o luxuoso hotel construído dentro do Observatório do Paranal, no Deserto do Atacama, Chile.
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Imagem da fachada da Residência Paranal, o luxuoso hotel construído dentro do Observatório do Paranal, no Deserto do Atacama, Chile.
(ESO/)
Imagem da fachada da Residência Paranal, o luxuoso hotel construído dentro do Observatório do Paranal, no Deserto do Atacama, Chile.
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8. Vista panorâmica do saguão central da Residência Paranal, um luxuoso hotel construído no meio do deserto para abrigar cientistas e visitantes do Observatório do Paranal.
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Vista panorâmica do saguão central da Residência Paranal, um luxuoso hotel construído no meio do deserto para abrigar cientistas e visitantes do Observatório do Paranal.
(ESO/José Francisco Salgado/)
Vista panorâmica do saguão central da Residência Paranal, um luxuoso hotel construído no meio do deserto para abrigar cientistas e visitantes do Observatório do Paranal.
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9. Dentro da Residência Paranal, uma série de rampas proporcionam acesso aos quartos individuais e a um pátio secundário com palmeiras e um espaço de leitura relaxante.
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Dentro da Residência Paranal, uma série de rampas proporcionam acesso aos quartos individuais e a um pátio secundário com palmeiras e um espaço de leitura relaxante.
(ESO/M.Tarenghi/)
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Dentro da Residência Paranal, uma série de rampas proporcionam acesso aos quartos individuais e a um pátio secundário com palmeiras e um espaço de leitura relaxante.
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10. Vista superior da Residência Paranal. O prédio recebe iluminação natural através de um domo de 35 metros de diâmetro, quase do tamanho do espelho que será instalado no E-ELT, o maior telescópio da história. A Residência Paranal é um dos sets de filmagem do filme Quantum of Solace, do espião britânico James Bond.
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Vista superior da Residência Paranal. O prédio recebe iluminação natural através de um domo de 35 metros de diâmetro, quase do tamanho do espelho que será instalado no E-ELT, o maior telescópio da história. A Residência Paranal é um dos sets de filmagem do filme Quantum of Solace, do espião britânico James Bond.
(ESO/)
Vista superior da Residência Paranal. O prédio recebe iluminação natural através de um domo de 35 metros de diâmetro, quase do tamanho do espelho que será instalado no E-ELT, o maior telescópio da história. A Residência Paranal é um dos sets de filmagem do filme Quantum of Solace, do espião britânico James Bond.
A cada duas semanas, o astrônomo brasileiro Cláudio Melo pega um avião partindo de Santiago, capital do Chile, rumo à cidade de Antofagasta, no coração do deserto do Atacama, também em terras chilenas. Dali, precisa viajar mais uma hora e meia de carro para chegar a uma região montanhosa que lembra muito a superfície de Marte. Nessa paisagem quase alienígena, surge o que parece ser uma miragem: um luxuoso hotel, com piscina e plantas tropicais por todo lado. Esse paraíso artificial servirá de abrigo para Melo durante uma semana. Ali ficam hospedados os funcionários do Observatório Europeu do Sul (ESO), que trabalham, assim como Melo, no Observatório do Paranal, um moderno e elegante oásis científico, detentor do título de mais produtivo complexo astronômico terrestre do planeta.
Há dez anos, Melo segue essa rotina: uma semana no deserto, outra semana em Santiago. O rodízio foi elaborado para preservar a saúde dos pesquisadores. O observatório, obra da mais moderna engenharia, fica ao redor do Cerro Paranal, uma montanha de 2.635 metros de altitude, em um dos locais com menos umidade do planeta. Além de Melo, trabalham outros 180 profissionais, entre astrônomos, engenheiros e físicos que procuram os segredos do universo no céu límpido do deserto.
Resort científico – Todos os cientistas ficam hospedados no Residência Paranal, um majestoso hotel usado nas filmagens do filme Quantum of Solace, com o espião britânico James Bond. Quem visita o local, facilmente se esquece que está no meio do deserto onde não há água, comida e níveis aceitáveis de umidade em um raio de 130 quilômetros.
O saguão principal do hotel tem uma decoração inusitada – no centro do gigantesco salão redondo de dois andares há um belíssimo jardim de palmeiras e plantas baixas que fazem sombra sobre uma piscina. “As plantas e a água ajudam a manter a umidade do interior do hotel em níveis mais aceitáveis”, explica Andreas Kaufer, diretor de operações do ESO. O hotel também possui uma pequena videoteca, sala de música, jogos e um refeitório que serve 9.450 refeições por mês.
Assim como todos os prédios construídos no complexo, a Residência Paranal é resistente a terremotos. Uma parte da construção foi executada dentro da montanha. A outra foi construída na parte externa. “As duas partes são unidas por estruturas de borracha que tornam todo o sistema maleável para o caso de terremotos”, explica Kaufer. Quem está de passagem pelo observatório também tem acesso a um ginásio poliesportivo com quadra e equipamentos de ginástica.
O complexo erguido pelo ESO no meio do deserto é de fazer inveja aos grandes parques tecnológicos. O Observatório do Paranal gera a própria energia por meio de dois geradores a gás e mais três sobressalentes a diesel. “Temos autonomia de 12 dias de energia”, diz Kaufer. A autonomia do Paranal não para por aí. São cinco dias de água – sete se contar a que é separada para o controle de incêndio – garantidos por dois caminhões-pipa que trazem o líquido ao local diariamente. As medidas garantem a vida das 135 pessoas que povoam o complexo em esquema de rodízio.
Kaufer diz que o momento mais tenso vivido no observatório, que está em atividade desde 1999, foi durante uma greve de caminhoneiros em 2010. “Ficamos sem receber reserva de água ou comida durante cinco dias”, conta. “No fim do quinto dia estávamos decidindo se deixaríamos o observatório”. Caso os engenheiros, cientistas e técnicos precisassem deixar o observatório, há um plano. Todos os 80 carros devem estar com o tanque sempre cheio, no mínimo, pela metade. “Isso garante combustível suficiente para se chegar a Antofagasta, a cidade mais próxima”, explica Kaufer, que também vai coordenar a construção do E-ELT, o maior telescópio ótico da história. O complexo científico também possui uma central de manutenção de alta tecnologia. Todo o maquinário dos telescópios, incluindo espelhos e instrumentos óticos, recebem manutenção em um grupo de prédios ao lado do ginásio poliesportivo. “A maior parte dos problemas técnicos é resolvida aqui mesmo”, diz Kaufer.
Vigor científico – Toda a estrutura para receber cientistas e engenheiros do mundo todo não faria sentido sem a presença do conjunto de telescópios que conferiram ao complexo o título de melhor observatório do mundo, na opinião de Brian Schmidt, um dos três cosmólogos laureados com o prêmio Nobel de Física de 2011. (Continue lendo a matéria)
Vídeo mostra uma noite de observações no Observatório do Paranal:
https://www.youtube.com/watch?v=vdQeT6XFe84
O Paranal tem um portfólio invejável de telescópios. Um deles é o VISTA, o maior telescópio de rastreamento do mundo dedicado a pesquisar o céu em frequências próximas do infravermelho. Com um espelho de 4,1 metros de diâmetro, o VISTA consegue observar comprimentos de onda maiores do que os visíveis ao olho humano. Isso quer dizer que os astrônomos podem estudar astros escondidos por nuvens de poeira ou frios demais para serem observados no espectro visível. O telescópio é 40 vezes mais sensível que seus antecessores.
Outro telescópio que detém o título de maior do mundo em sua área é o VST (VLT Survey Telescope). A mais recente aquisição do Observatório do Paranal é o mais potente telescópio para observação do céu no espectro visível. O equipamento possui um espelho com 2,6 metros de diâmetro e pretende estudar astros remotos dentro do Sistema Solar e descobrir planetas orbitando outras estrelas.
A joia do Paranal, contudo, é o VLT (Very Large Telescope). Trata-se de um agrupamento de quatro telescópios com espelhos de 8,2 metros de diâmetro cada, apoiados por quatro telescópios menores, com espelhos de 1,8 metro. O VLT, junto com os outros telescópios do ESO, é o mais produtivo complexo astronômico terrestre do mundo. Diariamente, dois artigos científicos são publicados com dados obtidos por meio deles. Em número de artigos publicados, o Observatório Europeu do Sul só perde para o Hubble. (Continue lendo a matéria)
Confira as 10 maiores descobertas científicas do ESO
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1. Estrelas orbitando o buraco negro da Via Láctea
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(ESO/)
Outubro de 2002 – Muitos dos principais telescópios do ESO foram usados em um estudo de 16 anos para obter a vista mais detalhada já feita das redondezas do buraco negro supermassivo que está no centro da galáxia.
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2. Universo em aceleração
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(ESO/)
Dezembro de 1998 – Duas equipes independentes basearam-se em observações de estrelas em explosão, chamadas supernovas, e demonstraram que a expansão do universo está em aceleração. A pesquisa rendeu o Prêmio Nobel de 2011. Os dados analisados incluem observações feitas com os telescópios do ESO.
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3. Primeira imagem de um planeta fora do Sistema Solar
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(ESO/)
Setembro de 2004 – O VLT conseguiu registrar a primeira imagem de um planeta fora do Sistema Solar. O astro com cinco vezes a massa de Júpiter orbita uma estrela morta — uma anã marrom — a uma distância 55 vezes maior que entre o Sol e a Terra.
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4. Explosões de raios-gama – as conexões entre supernovas e estrelas de nêutrons
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(ESO/)
Junho de 2003 – Os telescópios do ESO deram a prova definitiva de que longas explosões de raios-gama estão ligadas com a explosão de estrelas massivas, resolvendo um antigo quebra-cabeça. Além disso, os telescópios também observaram, pela primeira vez, a luz visível de uma curta explosão de raio-gama, mostrando que a origem do fenômeno pode se originar de colisões violentas entre duas estrelas de nêutrons.
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5. Medição independente da temperatura cósmica
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Maio de 2008 – Os telescópios do ESO detectaram, pela primeira vez, moléculas de gás carbônico em uma galáxia localizada a quase 11 bilhões de anos-luz da Terra. Um feito que permaneceu sem ser completamente compreendido por 25 anos. Isso permitiu que os astrônomos obtivessem a mais precisa medida de temperatura cósmica a uma distância tão grande.
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6. Estrela mais velha da Via Láctea
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Agosto de 2004 – Usando os telescópios do ESO, astrônomos calcularam a idade da estrela mais velha e conhecida da galáxia. Com 13.2 bilhões de anos de idade, a estrela nasceu nos primórdios da formação do universo.
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7. Rajadas do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea
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(ESO/)
Novembro de 2008 – Cientistas estudaram violentas rajadas do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, revelando material sendo esticado para fora do astro. Além disso, os telescópios revelaram poderosas rajadas infravermelhas vindas do buraco negro, sugerindo que ele tem uma rotação muito rápida.
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8. Análise direta da atmosfera de planetas fora do Sistema Solar
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Dezembro de 2010 – A atmosfera em volta de uma superterra foi analisada pela primeira vez usando os telescópios do ESO. O planeta, que é conhecido por GJ 1214b, foi estudado à medida que passava em frente da estrela-mãe e parte da luz atravessou a atmosfera do mundo alienígena. A atmosfera é formada por água na forma de vapor ou nuvens.
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9. O sistema planetário mais rico
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Agosto de 2010 – Astrônomos usando telescópios do ESO descobriram um sistema planetário contendo pelo menos cinco planetas orbitando uma estrela parecida com o Sol chamada HD 10180. Os cientistas encontraram evidências de que mais dois planetas estariam presentes, um dos quais teria a menor massa já encontrada. Além disso, a equipe encontrou pistas de que as distâncias dos planetas até a estrela seguem um padrão, como visto no Sistema Solar.
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10. Movimentação estelar da Via Láctea
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(ESO/)
Abril de 2004 – Depois de 1.000 noites de observações durante 15 anos em telescópios do ESO, astrônomos determinaram o movimento de mais de 14.000 estrelas parecidas com o Sol e que estão na vizinhança da nossa estrela. Isso mostrou que a Via Láctea leva uma “vida” muito mais turbulenta e caótica do que se imaginava.
O que torna o VLT tão especial é que todos os seus telescópios podem funcionar interligados, formando uma rede que pode aumentar em várias ordens de grandeza a resolução das imagens obtidas. Isso é possível por meio de um complexo sistema subterrâneo que recebe o sinal luminoso de todos os telescópios e os une em uma única faixa, gerando uma única imagem, mas com o detalhe e a luminosidade capturada por todos os telescópios.
Os telescópios instalados no topo do Cerro Paranal são controlados a partir de uma sala de operações logo abaixo do complexo. Dentro de cada uma das quatro unidades do VLT está uma gigantesca estrutura que dá suporte para um espelho de 8,2 metros de diâmetro e apenas 15 centímetros de largura – ao todo, 22 toneladas. “É como uma lente de contato”, diz Kaufer. A fina espessura permite que o espelho seja modelado por pequenas hastes abaixo da estrutura. O sistema garante que o espelho tenha sempre a curvatura perfeita, mesmo quando o telescópio é balançado por ventos. A enorme estrutura de 450 toneladas foi instalada em um sistema de imãs e motores especiais que permitem mover o telescópio de um lado para o outro com grande velocidade e no mais absoluto silêncio.
Publicações ESO
Apesar da complexidade do telescópio, o princípio de funcionamento é simples, explica Kaufer. “A luz dos astros incide sobre o espelho principal e depois é concentrada em um espelho menor”, diz. “Em seguida, essa luz é direcionada através de uma lente e segue para os detectores”. Depois disso, os instrumentos – cada um tentando responder uma pergunta científica – analisam a luz e enviam os dados para a sala de controle. De lá, são recebidos pelos computadores do ESO e operados por astrônomos da instituição que trabalham durante toda a madrugada.
A rotina é pesada. “É um lugar difícil de trabalhar”, diz Pierre Bourget. O engenheiro francês – que já morou no Brasil e fala português muito bem – trabalha há quatro anos no ESO. “A jornada de trabalho vai ficando cada vez mais cansativa”, diz. “Apesar disso, a satisfação profissional compensa”, garante Michael West, diretor científico do ESO no Chile. “Fazemos parte de um projeto de altíssima qualidade que tenta responder questões fundamentais sobre o universo”, afirma. “E ainda somos pagos para isso.”
O site de VEJA visitou dois dos maiores complexos astronômicos do Obsevartório Europeu do Sul. Saiba mais sobre os projetos:
ESO