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Pesquisadores clonam ratos a partir de células secas congeladas

Técnica abre novas possibilidades para a preservação de espécies ameaçadas e pode oferecer alternativa mais barata à conservação de células em nitrogênio

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 jul 2022, 12h57

Cientistas japoneses conseguiram clonar ratos a partir de células de pele seca congeladas. É a primeira vez que o procedimento é realizado com sucesso e a técnica abre novas possibilidades de preservação de espécies ameaçadas de extinção.

Pesquisadores já haviam usado células congeladas para produzir clones antes, mas esse material genético é normalmente armazenado em nitrogênio líquido, caro e instável. No caso de falta de eletricidade, por exemplo, as células podem derreter. “Se essas células puderem ser preservadas sem nitrogênio líquido usando a tecnologia de liofilização, isso permitirá que os recursos genéticos de todo o mundo sejam armazenados de forma barata e segura”, afirmou o professor Teruhiko Wakayama, líder da pesquisa da Universidade de Yamanashi, no Japão, ao jornal The Guardian.

O processo envolve duas etapas de clonagem. Em um primeiro momento, células secas da pele do rabo de ratos foram congeladas usando o método e estocadas durante nove meses. Essas células morrem, mas ainda podem ser usadas para gerar clones de embriões ao serem inseridas em ovos de ratos que tiveram seus núcleos removidos.

As células-tronco dos blastocistos, como são conhecidos esses embriões, foram inseridas em óvulos de camundongos esvaziados de seus próprios núcleos. No total, 75 ratos foram clonados. Nove fêmeas e três machos da ninhada de clones foram cruzados com animais normais e todos tiveram filhotes.

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A descoberta oferece uma alternativa para que países estoquem células de animais que correm risco de extinção, como uma forma de seguro para manter a diversidade genética. O processo, no entanto, ainda é considerado ineficiente e precisa ser aprimorado. A taxa de sucesso na criação de clones saudáveis foi de apenas 5,4%, e ainda não se sabe se a conservação a longo prazo é possível.

Os resultados da pesquisa foram publicados na Nature.

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