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Pela 1ª vez, rabo de dinossauro é encontrado preservado em âmbar

A cauda de 99 milhões de anos é recoberta de penas, um indício a mais de que os dinossauros, especialmente os predadores, eram cobertos de plumas coloridas

Por Da redação
Atualizado em 8 dez 2016, 18h17 - Publicado em 8 dez 2016, 18h05
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  • Pela primeira vez, cientistas encontraram uma cauda completa de dinossauro preservada em âmbar. Com 3,6 centímetros e recoberta de plumas, ela pertence a um pequeno exemplar do grupo Terópoda, do qual faz parte o Tiranossauro rex e o velociraptor. Segundo os cientistas, a descoberta é uma evidência a mais de que os dinossauros – especialmente os carnívoros – eram recobertos de plumas coloridas.

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    “É uma descoberta única. É uma cauda com oito vértebras de um indivíduo jovem, recoberta de plumas preservadas em três dimensões e que guarda detalhes microscópicos”, afirmou em comunicado o paleontólogo Ryan McKellar, do Royal Saskatchewan Museum, no Canadá, e um dos autores do estudo com a descrição da descoberta, publicado nesta quinta-feira no periódico científico Current Biology.

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    Segundo os pesquisadores, a cauda pertencia da um dinossauro que morreu há 99 milhões de anos e era do tamanho de um pardal. A cauda era marrom na parte exterior e mais clara na porção interior, perto dos ossos. Segundo os pesquisadores, não há qualquer dúvida de que a cauda encontrada era de um dinossauro.

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    “Podemos ter certeza porque o rabo é longo e flexível, com as penas presas em todos os lados. Em outras palavras, as penas são, definitivamente, de um dinossauro e não de um pássaro pré-histórico”, afirma McKellar.

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    Detalhe da cauda de dinossauro com penas encontrada em Mianmar
    Detalhe da cauda de dinossauro com penas encontrada em Mianmar (Current Biology/Divulgação)

    Dinossauros com penas

    A peça de âmbar, que está sendo recebida com entusiasmo por cientistas de todo o mundo, estava polida e pronta para ser transformada em joia. Por sorte, Lida Xing, pesquisador da Universidade de Geociências de Pequim, na China, e um dos autores do estudo, percebeu que a peça, que estava sendo vendida em um mercado em Mianmar, não preservava um vegetal, mas algo diferente. O cientista levou a peça para seu laboratório e a análise revelou que a cauda do dinossauro ainda estava cheia de líquidos quando foi incorporada pelo âmbar – o que indica que o animal ainda poderia estar vivo quando isso aconteceu.

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    Dinossauro seria do tamanho de um pardal
    Concepção artística de como seria o dinossauro encontrado pelos cientistas (Cheung Chung-tat/Divulgação)

    A preservação foi tão bem sucedida que mesmo traços de pigmentos das penas e do sangue do animal puderam ser encontrados.  Segundo os pesquisadores, o maior valor da descoberta é que ela revela como as plumas eram dispostas nos dinossauros – os fósseis, a maior fonte de informações sobre esses animais pré-históricos, costumam mostrar os animais comprimidos em duas dimensões, o que dificulta na reconstrução das estruturas em 3D.

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    “Quanto mais vemos esses dinossauros emplumados e quão abundantes são suas penas, algo como um velociraptor escamoso parece cada vez menos possível – em linhas gerais, eles são muito parecidos com pássaros. Os dinossauros estão muito longe de serem os monstros do tipo Godzilla que acreditávamos que eram”, disse McKellar à rede de televisão americana CNN.

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