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Paleontólogos descobrem predador marinho pré-histórico gigante

Fóssil ajuda a compreender como os ecossistemas marinhos podem se recuperar após grandes extinções

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h23 - Publicado em 9 jan 2013, 15h41
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  • Um time de pesquisadores americanos e alemães descobriu um novo predador marinho pré-histórico. O fóssil, que mede 8,6 metros, foi descoberto no deserto de Nevada, no oeste dos Estados Unidos. Segundo os paleontólogos, o esqueleto pertenceu ao mais antigo predador marinho capaz de devorar animais do mesmo tamanho que o seu. Por causa disso, o animal foi chamado de Thalattoarchon saurophagis, que significa supremo comedor de lagartos dos mares. A pesquisa que descreve a nova espécie foi publicada nesta segunda-feira na revista PNAS.

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    Título original: Macropredatory ichthyosaur from the Middle Triassic and the origin of modern trophic networks

    Onde foi divulgada: revista PNAS

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    Quem fez: Nadia B. Fröbischa, Jörg Fröbischa, P. Martin Sanderb, Lars Schmitzc

    Instituição: Museu de História Natural da Universidade Humboldt, na Alemanha

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    Dados de amostragem: Um fóssil de 244 milhões de anos recuperado nos Estados Unidos

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    Resultado: Segundo os pesquisadores, o esqueleto pertenceu a um ictiossauro que se alimentava de outros animais marinhos de tamanho semelhante ao seu. O surgimento de um predador desse tipo apenas oito milhões de anos após uma grande extinção mostra a capacidade de recuperação dos ecossistemas.

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    O Thalattoarchon foi desenterrado de uma montanha isolada em 2010. A maior parte do esqueleto do animal estava preservada, incluindo crânio, nadadeiras e coluna vertebral completa. Segundo o estudo, o fóssil tem cerca de 244 milhões de anos e é um representante dos ictiossauros, um grupo de répteis marinhos que viveu no mesmo período que os dinossauros.

    A partir da análise do fóssil, os pesquisadores concluíram que o animal possuía crânio e mandíbulas grandes, armadas com dentes afiados capazes de prender e cortar outros répteis marinhos. O formato e o tamanho dos dentes indica que ele era capaz de se alimentar de outros animais do mesmo tamanho que o seu. Por causa de seu porte físico e posição no topo da cadeia alimentar, os paleontólogos o compararam às orcas que habitam os oceanos modernos.

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    O que chamou a atenção dos pesquisadores foi o fato de um predador marinho tão grande ter surgido “apenas” oito milhões de anos após a grande extinção que aconteceu no final do Período Permiano, quando entre 80% e 96% de todas as espécies que viviam nos oceanos da Terra foram mortas.

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    Segundo os paleontólogos, o surgimento de um predador como o Thalattoarchon documenta a rápida recuperação e evolução dos ecossistemas marinhos depois da extinção. “A cada dia aprendemos mais sobre a biodiversidade de nosso planeta. Descobertas como o Thalattoarchon ajudam a entender a dinâmica de nosso planeta e o impacto que os humanos de hoje têm em seu ambiente”, diz Jörg Fröbisch, pesquisador do Museu de História Natural da Universidade Humboldt, da Alemanha, e um dos autores do estudo, patrocinado pela National Geographic Society.

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    Saiba mais

    ICTIOSSAUROS

    Répteis marinhos gigantescos que habitaram os mares durante boa parte da Era Mesozoica, mesma época em que os dinossauros dominavam os continentes. Com um corpo que lembrava o dos golfinhos, eles podiam medir até 15 metros e se alimentavam de outros organismos marinhos, como peixes e lulas. Os ictiossauros surgiram há 250 milhões de anos, durante o período Triássico, e dominaram os mares durante milhões de anos. No período Cretáceo, eles foram superados como os maiores predadores marinhos por outras espécies, como os plesiossauros e mosassauros. Foram extintos há 90 milhões de anos, cerca de 25 milhões de anos antes dos dinossauros.

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    ERA MESOZOICA

    Compreende os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo, entre 251 milhões de anos até 65,5 milhões de anos atrás. Foi marcada pelo aparecimento e extinção dos dinossauros.

    PERÍODO PERMIANO

    Período geológico compreendido entre 299 e 251 milhões de anos atrás. É caracterizado pela formação de vertebrados terrestres que deram origem aos mamíferos e répteis. Em seu final, houve a maior extinção em massa conhecida, eliminando 96% da vida marinha e 70% da terrestre.

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