Uma onda de choque produzida pela maior fusão entre buracos negros já observada finalmente atingiu a Terra, depois de viajar pelo espaço ao longo dos últimos sete bilhões de anos. O sinal, que chegou à Terra no ano passado, apesar de enfraquecido, ainda foi forte o suficiente para aparecer nos radares de países como Estados Unidos e Itália.
Essa nova observação inaugurou uma nova classe de buracos negros, cuja massa é equivalente à do Sol, multiplicada de cem a mil vezes. Embora a detecção do evento tenha ocorrido em maio de 2019, novos estudos continuam a ser publicados sobre o choque.
Duas pesquisas sobre o tema foram veiculadas sobre o assunto no último dia dois, distribuídas entre os periódicos científicos Physical Review Letters e The Astrophysical Journal Letters.
Por meio de algoritmos computacionais, os pesquisadores envolvidos na observação determinaram que a fonte do sinal captado na Terra foi a junção de buracos negros de pesos 66 e 85 vezes maiores do que o solar. A junção teria ocorrido a cerca de 150 bilhões de trilhões de quilômetros de distância.